Jornal Estado de Minas

GASTRONOMIA E CULTURA

Perto da inauguração, Mercadão de Lagoa Santa aposta em mix de atrações

Imagine só poder conferir em um mesmo local: a réplica da Maria Fumaça; uma parede cenográfica que reproduz um vilarejo; exposição de bonecos gigantes do tradicional Giramundo; e, ainda, comer, beber e dançar dentro de um avião aterrissado?! Pois é exatamente esse rol de atrações e sensações que será oferecido pelo Mercadão Internacional de Lagoa Santa, cuja inauguração está prevista ainda para este ano.




   
De acordo com a diretora executiva Ana Lúcia Araújo, o espaço foi inspirado nos grandes mercados turísticos e culturais do mundo do país, mas tem como diferencial abrigar uma diversidade de atrativos regionais.  
 
“O Mercadão é um mercado público e, dentro dele, haverá a reunião de variados negócios, tais quais venda de produtos artesanais, sacolão, empórios e lojas de queijo. Teremos diferentes espaços para a realização de eventos com uma agenda de apresentações que empodera o setor artístico-cultural”, afirma. 
 
A área de aproximadamente 45 mil metros quadrados terá como propósito oferecer uma programação que atenda diversos gostos e vai gerar cerca de 1.200 empregos diretos e 3 mil indiretos.
 
As obras já estão 90% concluídas.
 

Giramundo no Mercadão

 
A promessa de valorização de arte e cultura dentro do Mercadão é ilustrada justamente pela parceria com o Grupo de Teatro de Bonecos Giramundo. De acordo com a diretora artística do Giramundo, Bia Apocalypse, a proposta surgiu em uma reunião virtual com os empreendedores do espaço, que sugeriram a volta do grupo para a cidade de origem, Lagoa Santa.




 
“Aceitamos e a nossa segunda casa será mais ampla. Esse era um sonho de meu pai, Álvaro Apocalypse, que tentou voltar com Giramundo para Lagoa Santa e não conseguiu. Agora, com esse espaço, a proposta será construir um teatro municipal com o nome do meu pai, levar a escola Giramundo e o museu para lá”, planeja.
 
Bia Apocalypse vai realizar sonho do pai, fundador do Grupo de Teatro de Bonecos Giramundo, ao criar segunda sede em Lagoa Santa (foto: Divulgação/Grupo Giramundo)
 
 
Para isso, o Giramundo está na fase de captar verbas para apresentações anuais de mais de 20 espetáculos e, ainda, viabilizar a construção do Teatro Municipal Álvaro Apocalypse, cuja capacidade deverá ser de 300 pessoas, com possibilidade de ampliação.
 
“Estamos com esses dois projetos. Para o primeiro, demos o nome de “Giramundo Mercadão de Lagoa Santa”, que terá a fase de espetáculos e as contrapartidas de apresentações e cursos na rede municipal e estadual do vetor norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. E o segundo é a a construção do Teatro Municipal”, diz Bia.




 
Enquanto isso, a diretora artística promete que o encanto dos gigantes bonecos fará parte da decoração paisagística da área externa de todo o complexo. Serão sete bonecos de oito metros de altura aproximadamente.
 
Além disso,  serão distribuídos na área interna do complexo outros 50 bonecos grandes, de tamanhos que variam entre dois e quatro metros de altura. São peças de várias fases e marcos do Giramundo.

Outra novidade é que o Mercadão vai ganhar um mascote que será construído pelo grupo de teatro.
 

Mais parcerias

 
A diretora executiva do Mercadão de Lagoa Santa, Ana Lúcia Araújo, conta que a união da cultura, arte e gastronomia é algo que se completa, igual queijo e goiabada. A escolha do local foi estratégica para trazer comodidade ao visitante e, devido à proximidade com Aeroporto de Confins, poderá fortalecer muitas marcas que buscam exportar seus produtos.




 
Visitantes vão poder tirar fotos da fachada de uma parede cenográfica que reproduz um vilarejo (foto: Mercadão Internacional de Lagoa Santa/Divulgação)
 
 
“Aposto na hospitalidade mineira e o empreendimento quer aproximar o produtor local com o cliente como forma de proporcionar aos visitantes do Mercadão uma experiência calorosa e acolhida”.
 
Araújo conta que ainda trabalha para abrir uma área de serviços e, para isso, busca profissionais prestadores de serviços como contadores, advogados, costureiras, lavanderia, venda de produtos para animais de estimação, manutenção de celular e outros pequenos negócios.
 
Em visita às instalações do Mercadão de Lagoa Santa em julho, o diretor de atração de investimentos do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI), Adriano Carvalho, apostou no empreendimento como grande atrativo gastronômico e cultural na retomada da economia na região.
 
O diretor afirmou que o Mercadão pode atrair visitantes a partir de viagens curtas realizadas por famílias e, também, pequenos grupos em busca de locais abertos, com boa ventilação durante os finais de semana.
 
“As questões que envolvem a cultura, a gastronomia e o empreendedorismo são trabalhadas de forma inovadora dentro do Mercadão. É algo que vem sendo buscado no pós-pandemia, uma vez que percebe-se mudanças nos hábitos de consumo”.




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