Um sistema de poços a ser perfurado e uma nova adutora interligada à Estação de Tratamento de Água (ETA) Bela Fama, em Nova Lima, devem trazer mais segurança hídrica à Grande BH e alívio ao Rio das Velhas.
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Não chove na Grande BH há 73 dias. Desde 28 de julho de 2021, o Rio das Velhas se encontra em estado de alerta pela baixa vazão. O rio responde por cerca de 60% do abastecimento da região. O Sistema Paraopeba praticamente atende ao restante e opera atualmente com 80,5% de capacidade, segundo dados da Copasa.
Entre elas está a perfuração de poços e a interligação dos mesmos ao sistema da Copasa, em Sabará, a construção de uma nova adutora para abastecer a Estação de Tratamento de Água (ETA) Bela Fama da concessionária, em Nova Lima, e uma série de ações para garantir mais tempo de autonomia para 32 usuários essenciais da região, como escolas e hospitais.
As ações têm como objetivo reforçar a segurança para o abastecimento dos municípios que podem ser impactados em eventual suspensão da captação da ETA Bela Fama, localizada no rio das Velhas.
Em Sabará, a previsão é a implantação de oito a 10 poços. Com profundidade de 300 a 450 metros, os poços terão capacidade para suprir o abastecimento de 200 l/s ao município, mesma vazão ofertada atualmente pela ETA Bela Fama. A alternativa foi identificada como a mais eficiente tendo em vista seu potencial hidrogeológico. A utilização da área também levou em conta a proximidade com a adutora da Copasa, com a qual os poços serão interligados.
Também será construído um sistema de captação para abastecer a ETA Bela Fama da Copasa. Esse sistema irá captar a água armazenada na barragem de Cambimbe, que é de propriedade da AngloGold Ashanti, e direcioná-la, por tubulação, numa extensão aproximada de 4 quilômetros, até a ETA Bela Fama.
A vazão a ser captada pelo sistema será capaz de abastecer cerca de 89 mil habitantes, sendo a totalidade do município de Raposos e parte de Nova Lima, atualmente abastecidos pela ETA Bela Fama. “A utilização da barragem se mostrou estratégica em razão de sua proximidade com a estação da Copasa”, informou a Vale.
Para os usuários essenciais, serão implantados ou reativados reservatórios ou perfurados poços tubulares, incluindo as adequações necessárias, considerando a capacidade de reservação e a disponibilidade física de cada usuário. O objetivo é garantir uma autonomia de pelo menos 72 horas de água em cada caso.
A ETA Bela Fama da Copasa recebeu uma barreira de proteção própria construída pela Vale ao seu redor. “O encapsulamento feito pela barreira é capaz de proteger o ponto de captação preservando a estrutura e seus equipamentos em caso em que haja essa necessidade”, afirma a Vale.