A maior quadrilha de pichação de Belo Horizonte foi desarticulada pela Polícia Civil, com a prisão, nesta sexta-feira (13/8), de 15 de seus integrantes, durante a realização da Operação Guardiões do Meio Ambiente.
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Segundo o delegado Eduardo Vieira, depois da apreensão de celulares, ficou comprovada a atuação da organização criminosa. “No curso das investigações, nós começamos a verificar que, por trás daquelas pichações isoladas, existia uma verdadeira associação criminosa de indivíduos voltados para prática de pichação e de danos. A partir de então, a gente começou a solicitar diversos mandados de busca e apreensão, junto ao Poder Judiciário, que foram autorizados”.
Ele explica que o Ministério Público já analisou as provas produzidas, o que resultou na denúncia dos integrantes da suposta associação criminosa. Estes viraram réus de ação penal criminal, com o Poder Judiciário expedindo os mandados contra as 15 pessoas.
Os policiais apreenderam, no total, diversos materiais como apetrechos utilizados para as pichações, cordas de rapel para fazer as pichações mais difíceis, latas e sprays de tintas e camisas com as siglas do grupo.
Segundo o delegado, em um único prédio na capital mineira, um laudo pericial constatou dano patrimonial e ambiental superior a R$ 700 mil. Além disso, um dos investigados possui passagens por uso de drogas, pichação, tráfico de drogas, porte ilegal de arma, dano e outros.
Vieira afirmou ainda que a polícia também investiga envolvimento do grupo em violação de sigilo funcional a partir de um celular apreendido. “Nós percebemos que essa associação criminosa poderia ter tentáculos dentro do Poder Judiciário. Nós verificamos que mandado de busca e apreensão havia sido vazado para eles. `Por isso, temos um novo objeto de inquérito policial, que está sendo investigado a fundo.”