O governador Romeu Zema, acompanhado pelo secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, vistoriou nesta sexta-feira (13/8) as obras de reforma e ampliação do bloco cirúrgico do Hospital Júlia Kubitschek, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte.
Na ocasião, o governo de Minas afirmou que aguarda um retorno do governo federal para financiar aproximadamente 800 leitos abertos durante a pandemia. Dos 2 mil leitos abertos, o estado pretende manter cerca de 800.
"Voltei desanimado (do encontro com representantes do Governo Federal) por não haver uma expectativa tão clara porque o estado não consegue bancar para sempre essa função", explicou o secretário de saúde.
O estado busca, de alguma forma, uma previsibilidade para que Minas consiga garantir com recurso próprio esses leitos. ''O estado está negociando com o governo federal. Outros estados devem fazer a mesma coisa. Estamos vendo como o estado pode manter parte desses leitos'', informou.
Ao ser questionado se é possível manter os leitos sem o auxílio federal, o secretário disse que ''estamos fazendo esse estudo orçamentário para o próximo ano. Há uma expectativa de que parte dos leitos da COVID continuem sendo bancados porque a a COVID nao vai ter terminado no começo do ano. O que a gente garante é que até o final deste ano todos os leitos abertos pelo estado continuarão abertos.''
Ao ser questionado se é possível manter os leitos sem o auxílio federal, o secretário disse que ''estamos fazendo esse estudo orçamentário para o próximo ano. Há uma expectativa de que parte dos leitos da COVID continuem sendo bancados porque a a COVID nao vai ter terminado no começo do ano. O que a gente garante é que até o final deste ano todos os leitos abertos pelo estado continuarão abertos.''
Para o ano que vem, o secretário explicou que Minas aguarda sinalização em setembro. ''Vamos esperar o posicionamento do governo federal para saber com quantos leitos o estado consegue continuar'', disse.
Zema destacou que o desafio é reduzir a fila de cirurgias eletivas. ''Eu posso te dizer que é nossa grande luta. Nós sabemos que muitas pessoas que dependiam de uma cirurgia ortopédica ou cardíaca tinham receio de procurar hospitais agora nessa época de pandemia com medo até de corrigir um problema e pegarem COVID'', disse.
Intervenção nos hospitais regionais
Zema anunciou intervenções em todos os hospitais de responsabilidade do estado. "Vamos dar início às obras de todos os hospitais regionais para melhorarmos também a assistência de saúde no interior", disse.
No Hospital Júlia Kubitschek, serão investidos R$ 51 milhões até 2023. A unidade, que integra a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) passará a ter sete salas de cirurgia, ampliando a capacidade de atendimento.
A reforma de cinco salas de cirurgia e a construção de outras duas fazem parte do conjunto de ações previstas no hospital com recursos do termo de reparação assinado com a Vale, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.
"Viemos aqui vistoriar e acompanhar a execução dessas obras, que visam ampliar a quantidade de salas do bloco cirúrgico. Os investimentos são de R$ 51 milhões e quero lembrar que essa é apenas uma das obras que nós estamos executando. Ainda temos obras semelhantes no Hospital João XXIII e no Hospital João Paulo II. Queremos que a Rede Fhemig aprimore os serviços que ela presta ao cidadão e esse investimento faz parte desse processo", afirmou.
O Complexo Hospitalar de Urgência, que inclui o Hospital Infantil João Paulo II e o Hospital João XXIII, receberá R$ 60 milhões e as entregas serão feitas por etapas, até 2023.
No João XXIII, serão feitas reformas para melhorias estruturais, como troca do telhado, automação do ar-condicionado e no setor de imagem, ampliação do bloco cirúrgico e das salas de recuperação, expansão da área de CTI com implantação de leitos isolados e reforma do CTI de queimados com acesso ao bloco cirúrgico.
Vacinação contra COVID
De acordo com o governo de Minas, a população entre 25 e 39 anos será vacinada em agosto, enquanto os adultos de 18 a 24 anos receberão pelo menos a primeira dose da vacina em setembro. Agora, é estudada a possibilidade de uma terceira dose.
Ao ser questionado sobre o assunto, Zema disse que ''o que nós sabemos até o momento é que no próximo mês nós vamos concluir a vacinação de todos aqueles que têm mais de 18 anos. A segunda etapa para vacinação será para os adolescentes de 12 a 17 anos. Tão logo essa fase termine - que já está definida pelo Ministério da Saúde - o que nós estamos aguardando é que se oficialize a terceira dose''.
O governador frisou que estudos indicam que a terceira dose seja necessária. Porém, segue sem previsão. ''(A vacinação) desse publico de 12 a 17 anos não tenho previsão, mas eu penso que é coisa de dois ou três meses para serem vacinados e, assim, começaremos a terceira. Mas não há nada oficial até o momento. É apenas estudo e cogitação'', disse.
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