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Estado de Minas GOSTINHO ESPECIAL

Conheça os sabores mineiros que temperam o Rally dos Sertões

Pilotos mineiros da equipe Honda no 29º Rally dos Sertões usam a culinária para se sentir 'em casa'; competição passará por sete estados nordestinos


13/08/2021 17:18 - atualizado 13/08/2021 18:11

A equipe Honda, no Rally dos Sertões, teve um tropeirão para o cardápio do primeiro dia de competição(foto: Honda Racing/Divulgação)
A equipe Honda, no Rally dos Sertões, teve um tropeirão para o cardápio do primeiro dia de competição (foto: Honda Racing/Divulgação)
Começou nesta sexta-feira (13/8) com o prólogo que definiu a largada, o maior rally das Américas, o 29º Rally dos Sertões. Serão 10 dias de competição passando por sete estados do Nordeste brasileiro. O esporte off road conta com grandes pilotos mineiros, como, na categoria moto, a equipe Honda com Dário Júlio, natural de Lavras, e Thiago Veloso, de Três Pontas. Além de marcar presença com o famoso “jeitin” mineiro, eles não abrem mão de carregar durante a competição uma boa comida na bagagem. 

Para isso, eles contam com outros profissionais de apoio, como é o caso do cozinheiro. Durante a competição, as comidas são feitas pelas próprias equipes em tendas. Na maioria das vezes, o cardápio é churrasco ou macarrão, mais prático quando feito em espaços limitados. Mas, para uma equipe com tantos mineiros, não. A cozinha representa bem o diferencial que vai além das duas rodas. 
 

Nesta sexta-feira (13/8), o cardápio para o pontapé inicial na competição foi tropeiro. Uma versão mais light, sem torresmo, para manter o nível de gordura dos pilotos em boas condições. Mas ainda sim bem “mineirin”. 

O cozinheiro da equipe, Thiago Carvalho, conhecido como ET, diz que o cardápio é bem variado pra agradar a todos os integrantes, mas ressalta o que não pode faltar. “O cardápio é bem misto, mas a maioria dos integrantes são mineiros, então, não deixo de trazer a tradição para dentro do rally. Sempre tem que ter um feijão tropeiro, um pão de queijo, um doce de leite, o queijo”, diz Thiago, que cozinha em um espaço bem limitado, montado entre os caminhões de apoio.

Dona de nove títulos, a Honda Racing é a maior vencedora entre as motos no Rally dos Sertões. Os pilotos Jean Azevedo, Gregorio Caselani, Bissinho Zavatti, Thiago Veloso e Tiago Wernersbach têm o comando do chefe, Dário Júlio, o “Darinho”.

Defendendo o título da classe Brasil, Thiago Veloso encara a sua segunda edição do Sertões. “Essa e uma equipe que tem a essência mineira. O chefe da equipe, o meu mecânico, o cozinheiro, todos mineiros. Minas sempre foi um celeiro de grandes pilotos no motocross, no enduro de regularidade, no cross country e rali. O estado sempre teve essa fama de fazer bons pilotos”, elogia Thiago. 
 
Thiago Veloso, de Três Pontas, vai defender o título da classe Brasil(foto: Honda Racing/Divulgação)
Thiago Veloso, de Três Pontas, vai defender o título da classe Brasil (foto: Honda Racing/Divulgação)
 

O “Tapoia”, apelido do mecânico Agnaldo Guimarães, conta sobre o clima nos bastidores da competição. “Tem essa coisa aconchegante que nos faz lembrar da nossa casa, um ambiente gostoso que conseguimos comer uma comidinha igual a que temos em casa”, diz o mecânico.

O piloto gaúcho Gregório Caselani, por sua vez, só tem elogios. “Na comida, o cardápio nosso, com certeza, é o melhor de todas as equipes”. 

Para motos e quadriciclos, Sertões valerá como etapa do Mundial 


O Rally dos Sertões começou nesta sexta-feira (3/8) com o prólogo, um trecho cronometrado que determina a ordem de largada para a primeira etapa da prova. O trecho de 11 km ocorreu em Pipa, no município potiguar de Tibau do Sul. O fim da disputa será na Praia dos Carneiros, em Pernambuco, ponto final da maratona off-road, no dia 22 de agosto.

A competição passará pelos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Bahia, Alagoas e Ceará. Com o tema “Sertões 100% Sertão”, o rali deste ano vai passar por sete dos nove Estados da Região Nordeste e o cenário será de Caatinga, um bioma exclusivo do Brasil.

O percurso terá 3.548 quilômetros ao longo de dez dias, incluindo o prólogo, que define a ordem de largada, e mais nove etapas. Os trechos especiais, ou seja, em que os competidores aceleram para valer, somam 2.180 quilômetros, o que representa 60% do trajeto.

Este ano, para as motos e quadriciclos, a edição do Sertões traz um tempero a mais: volta a valer pelo Mundial de Rally Cross-Country FIM depois de sete anos. Com isso, vencer o Sertões será sinônimo de triunfo numa etapa do principal campeonato da modalidade.

Nessa edição do Sertões, o desafio será encarado por um número recorde de participantes: 192 veículos (3 quadriciclos; 34 carros, 65 motos e 90 UTVs), com um total de 316 competidores. Pilotos de países como França, Estados Unidos, Portugal, Argentina, Polônia, Paraguai e Guiana Francesa estarão presente.
 

Sertões e a pandemia do novo coronavírus


Os organizadores do Rally dos Sertões vem se reorganizando desde a última edição, em 2020, para trazer segurança aos participantes em período de pandemia. No ano passado, todos os participantes eram obrigados a ficar em “bolhas”, lugares isolados e com rígido controle de entrada.

Este ano, a Vila Sertões, local em que a caravana do rali acampa de um dia para o outro, terá um modelo híbrido. Os pilotos e equipes poderão usar hotelaria e restaurantes das cidades anfitriãs, priorizando os estabelecimentos com o Selo Turismo Responsável, lançado pelo Ministério do Turismo, que estabelece boas práticas de higienização para cada segmento do setor. 

Segundo a organização, haverá monitoramento da situação da pandemia em cada local e, caso seja necessário, poderão ser implantadas adequações ao modelo adotado para garantir a segurança das equipes. 
 


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