Nesta segunda (16/8), alunos do ensino fundamental (1° ao 5°ano) voltam às atividades presenciais em Sete Lagoas, Região Central do estado. Além deles, a Educação de Jovens e Adultos (EJA), anos iniciais, também vão retornar às salas de aula.
De acordo com o cronograma, a educação infantil (4 e 5 anos), ensino fundamental II (6° e 9° ano) e a EJA, anos finais, voltam no dia 23 deste mês; e as crianças de 0 e 3 anos da educação infantil serão os últimos a voltar, retornando na última semana de agosto, no dia 30.
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Porém, na avaliação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute) do município, a maioria das escolas não estão aptas a receberem os profissionais e os alunos, e que protocolos não se resume em fitas zebradas, álcool gel e máscara, a proteção vai muito além.
“Participamos de audiência pública, onde nos posicionamos em defesa da vida. Contamos com a participação da Deputada Estadual e professora Beatriz Cerqueira (PT) e da coordenadora geral do Sind-UTE , Denise Romano, onde deixamos muito claro a nossa posição”, afirma Elvandes Santos, coordenadora do Sind-Ute de Sete Lagoas.
Protocolos e cuidados
Segundo a Secretaria de Educação, a volta será escalonada com um terço das turmas por dia. O ensino será híbrido e os pais ou responsáveis deverão assinar uma declaração na escola para liberação dos alunos.
A secretária Roselene Teixeira explica que o protocolo seguido será o do programa Minas Consciente, na qual exige regras de distanciamento e de higienização.
“As escolas deverão disponibilizar equipamentos de proteção e produtos de higiene para alunos, professores e funcionários, como dispensador com sabonete líquido, álcool em gel, máscaras reutilizáveis, copos descartáveis, papel toalha, luvas e lixeiras com tampa e pedal”, acrescenta.
Ainda segundo Roselene, há alguns meses que a Secretaria de Educação já prepara suas escolas para receber os alunos. E que além dos cuidados com a estrutura, estudantes e a forma de ensino, o orgão prioriza também o funcionário público.
“Os professores que não se encontram aptos à volta foram disponibilizadas férias prêmio”, complementa.
Mas a coordenadora do sindicato, que é a favor de mais proteção dos profissionais da educação, dos alunos e de toda a comunidade escolar, exige mais que isso para o retorno. "Reivindicamos que todos os profissionais recebam a segunda dose da vacina e um compromisso do Executivo em equipar e preparar melhor as escolas, que até então, não têm nenhuma condição para que tudo aconteça com mais segurança”.
Comunicação com os familiares
De acordo com a Secretaria de Educação, foram realizadas videoconferências e reuniões presenciais, com o devido distanciamento, para orientar sobre o retorno gradual e seguro, além de uma consulta pública.
“No caso dos profissionais da educação, foram 1.517 respostas, sendo 71,9% contra e 28,1% favoráveis ao retorno das aulas presenciais. Foram ainda 6.058 respostas de pais e responsáveis, sendo 57,9% a favor e 42,1% contra; 56,6% afirmaram que autorizam os filhos a frequentarem as aulas presenciais e 43,4% não autorizariam”.
Fabiana Cordeiro, micropigmentadora e mãe de um aluno matriculado no primeiro ano na rede municipal, afirma que participou tanto da consulta pública quanto da videoconferência e acredita que a escola que seu filho estuda está apta para o retorno presencial.
“Às vezes sinto receio, mas pelo fato de a escola estar bem empenhada na segurança dos funcionários e alunos, me traz mais confiança para enviar meu filho à escola", complementa.
Vacinação no município
Segundo Roselene Teixeira, a primeira dose da vacina da COVID foi aplicada em todos os profissionais de ensino no mês de junho e a segunda dose será de acordo com o período específico de cada vacina.
Atualmente, o município está vacinando a população de 32 anos.
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