Dois pesos e duas medidas. É assim que a prefeitura de Buritis, no Vale do Jequitinhonha, definiu a volta às aulas presenciais nas redes privada e pública de ensino.
Enquanto as unidades particulares já podem retomar as atividades, as escolas públicas só vão receber alunos novamente depois que todos os profissionais da educação forem vacinados contra a COVID-19.
Para voltar, as unidades particulares devem montar e entregar à secretaria de Saúde um Plano de Contigência contra a COVID-19, com todos os detalhes das medidas que serão tomadas para evitar a contaminação pelo coronavírus no ambiente escolar.
Desde a quantidade de totens com álcool em gel, a distância das carteiras, de quanto em quanto tempo os espaços serão higienizados. Tudo deve estar no plano, que em parte já é facilitado por várias regras estaduais e municipais sobre o tema.
Os pais podem escolher se querem levar os filhos ou não. Aqueles que decidirem pela volta às escolas, devem assinar um termo de responsabilidade.
No caso de creches, que atendem crianças de zero a 4 anos, a prefeitura autoriza apenas um horário de funcionamento: ou de manhã, ou à tarde, sem possibilidade de atendimento em tempo integral por enquanto.
Se houver qualquer caso suspeito ou confirmado de COVID-19, as autoridades de saúde devem ser comunicadas imediatamente e as atividades suspensas, conforme a orientação divulgada pela prefeitura.
Só em outubro
A expectativa é de que as aulas na rede pública só sejam retomadas em outubro. Apesar da cobertura vacinal estar em 100% na primeira dose, nenhum profissional foi imunizado ainda com a segunda, conforme dados disponibilizados pelo Vacinômetro do governo estadual, consultados neste domingo (15/8) pelo Estado de Minas.
Isso acontece por causa do tempo determinado entre uma dose e outra. No caso da AstraZeneca, de três meses. Como os professores e demais funcionários da área começaram a ser imunizados em junho, as segundas doses devem começar a ser distribuídas a partir de setembro.
O governo do Estado encaminhou uma solicitação ao Ministério da Saúde solicitando mais doses para adotar a mesma medida que Contagem e Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, já conseguiram: o adiantamento da aplicação da 2ª dose da vacina, de 90 para 30 dias.