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Estado de Minas ABALO SÍSMICO

Tremor de terra em Congonhas assusta moradores da cidade

Moradores temem que o abalo sísmico, de grau 2.1 na Escala Richter, esteja relacionado à barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)


16/08/2021 11:00 - atualizado 16/08/2021 11:25

Barragem de rejeitos Casa de Pedra da mineradora CSN, em Congonhas(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 10/11/2017)
Barragem de rejeitos Casa de Pedra da mineradora CSN, em Congonhas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 10/11/2017)
Um tremor em Congonhas assustou os moradores da cidade na noite deste domingo (15/8). Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o abalo sísmico com magnitude de 2.1 da Escala Richter foi registrado às 22h19 na região. 

Ainda não se sabe as possíveis causas do evento. Segundo o diretor da União de Associações Comunitárias de Congonhas, Sandoval de Souza Filho, ele recebeu diversos relatos preocupados de moradores que ouviram barulhos e sentiram o tremor, principalmente próximo à barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Eles temem que a construção possa estar relacionada ao abalo ocorrido no domingo.

“Recebi várias ligações e muitas pessoas usaram redes sociais pra falar disso. Para quem mora embaixo dessa barragem, a incerteza é muito grande. Já teve outros dois abalos e acionamento de sirenes, que tocaram por engano. Então, a incerteza está causando um dano psíquico social no povo. As pessoas ficam desinformadas”, disse Sandoval.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) foi acionado pelos residentes por volta das 22h30. De acordo com os militares, eles contataram um gerente de segurança patrimonial da CSN e foram informados que a empresa, ao ter recebido as denúncias, teria feito uma primeira verificação através de sua equipe de geologia, não sendo constatada nenhuma irregularidade até aquele momento. 

“Segundo o gerente, todos os equipamentos da CSN não apontariam para nenhuma anormalidade, mas que seriam realizadas outras verificações. Foi feito contato com a COMPDEC de Congonhas, sendo relatado que populares também já haviam ligado diretamente para a Defesa Civil, e que o órgão teria feito contato com alguns integrantes da CSN. Novamente, foi informado que não havia nenhuma anormalidade na barragem e que funcionários teriam checado a ocorrência do possível rompimento de uma adutora da Copasa; isso poderia ter causado um tremor e um estrondo, mas que não havia nada concreto até o momento”, disse o CBMMG.
 
Em nota, a CSN informou que, segundo dados checados junto ao sismógrafo nacional, não foi detectado nenhum tremor de terra em Congonhas. “A Companhia está verificando a origem do estrondo relatado e reforça que o monitoramento realizado permanentemente não verificou nenhuma anomalia na barragem Casa de Pedra que permanece segura e estável”, declarou. 
 

Prefeitura de Congonhas reforça patrulhamento 


A Prefeitura Municipal de Congonhas e a Defesa Civil relataram em nota que, após receberem telefonemas de moradores do Bairro Residencial Gualter Monteiro, localizado a cerca de 10 de minutos da barragem, e outros, reclamando de forte barulho e tremor de terra, estiveram no local para inspeções e vistorias.

“Paralalemente, a Defesa Civil manteve contato telefônico com representantes das empresas CSN e Vale para captação e alinhamento de informações. Segundo o Coronel Fagundes, gerente patrimonial da CSN, não havia nenhum registro de problemas na barragem da empresa”, disse a administração municipal.

“Na manhã desta segunda-feira (16/8), agentes dos órgãos reforçaram o patrulhamento e a vistoria no local, para seguir acompanhando de perto quaisquer procedimentos e possíveis novos tremores. A Prefeitura Municipal de Congonhas aguarda um relatório técnico das mineradores que atuam na cidade sobre os impactos do incidente”, completou.
 
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), a barragem Casa de Pedra é considerada uma das maiores localizada em área urbana no mundo, possuindo atualmente um maciço com aproximadamente 76 metros de altura, com capacidade de acumular cerca de 50 milhões de metros cúbicos de rejeito, sendo classificada como Classe 6, a mais alta em categoria de risco e de dano potencial associados. 
 
Esta não é primeira vez que as pessoas que moram próximas ao local da construção sofrem com tremores dentro de suas casas. Em 2019, um abalo de 3.2 na escala Richter foi registrado pelo Observatório Sismológico da Unb na mesma região. 

 

 


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