Dois servidores públicos aproveitaram o cargo ocupado para desviar 10 toneladas de areia adquiridas para obras da prefeitura e usaram o material para fins particulares. Essa é a conclusão de inquérito realizado pela Polícia Civil para apurar condutas ilícitas e desvio de patrimônio público na Secretaria Municipal de Obras de Carmo do Paranaíba.
O trabalho dos policiais civis foi remetido ao judiciário da cidade do Alto Paraníba nessa segunda-feira (16/8). Segundo o delegado Hiago Marciano Araújo Caixeta, os fatos ocorreram em 2018 e, além dos dois agentes públicos, envolveram dois particulares.
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Peculato
Três homens, de 47, 49 e 55 anos, foram indiciados. Um dos deles foi desligado da prefeitura e o outro, segundo o delegado, continua no cargo. O terceiro citado, é um agente particular.
Eles responderão pelo crime de peculato, “subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável”. A pena varia de 2 a 12 anos de prisão e multa.
Um dos suspeitos faleceu durante a investigação, o que levou a extinção da punibilidade, nos termos do artigo 107, do Código Penal.
"A Polícia Civil reitera a importância da celeridade nas apurações em crimes desta natureza, combinado com a união de informações entre a sociedade e os órgãos de segurança pública da comarca, com fito em determinar autoria e consequente responsabilização precisa de envolvidos na empreitada criminosa", finalizou o delegado Hiago Marciano.
Prefeitura
O prefeito na época era Cesar Caetano de Almeida Filho (PL). Ele concorreu em 2020 e foi reeleito para mais um mandato. A reportagem procurou a assessoria da prefeitura e pediu um posicionamento oficial. No entanto, a comunicação alegou que não se manifestaria porque os indiciados são ex-servidores - mesmo com o delegado afirmando que um deles continua no cargo.