Suspeito de aplicar golpes financeiros em 12 pessoas no município de Conselheiro Lafaiete e obter lucro de mais de R$ 200 mil, um jovem de 23 anos foi preso pela Policia Civil de Minas Gerais (PCMG), nesta terça-feira (17/8), em Mariana.
O suspeito de praticar os crimes de estelionato foi localizado em uma casa de recuperação para dependentes químicos, na referida cidade da região Central do estado. Conforme a autoridade policial, ele alegou que estava no local realizando um tratamento contra a depressão.
Questionada pela reportagem sobre como descobriu a localização do suposto estelionatário, a PCMG disse que não divulga a dinâmica das investigações com o objetivo de evitar que outros infratores tenham acesso a essas informações.
Investimento financeiro
O delegado responsável pelo caso, Marcus Vinícius Rodrigues, explica que, de acordo com as informações levantadas pela equipe, o homem se aproximava do alvo do golpe apresentando-se como investidor financeiro. Nesse sentido, como parte do disfarce, ele ostentava grandes somas de dinheiro na carteira e extratos bancários com valores substanciais, apontam as investigações.
“Após aproximar-se da vítima, o suspeito oferecia participação em investimentos, prometendo ganhos mensais em torno de 50%. As vítimas, em sua maioria pessoas mais humildes, entregavam as quantias e aguardavam o rendimento”, explica o delegado, acrescentando que a Polícia Civil tomou conhecimento dos crimes em junho deste ano, e que os alvos do suspeito eram sempre indicados por uma vítima anterior.
Ainda conforme as investigações, após o primeiro depósito, o jovem começava a esquivar-se dos pagamentos seguintes, sempre afirmando que o dinheiro estava bloqueado no banco e nas corretoras, até que, não tendo mais justificativa, deixava de atender as vítimas em sua residência ou por telefone.
Além da prisão nesta terça-feira, os policiais civis realizaram buscas na casa do suspeito, em Conselheiro Lafaiete, onde apreenderam extratos bancários, contratos, um computador e um celular.
Outras vítimas
Questionada, a Polícia Civil disse que não tem como afirmar ou negar sobre a existência de novos golpes. No entanto, quem tiver sido vítima de estelionato deverá procurar a delegacia para registrar a ocorrência. “Diante de uma nova denúncia, uma investigação será feita para saber se o caso está ou não relacionado ao mesmo autor”, acrescenta a PCMG.
Após a prisão, o suspeito foi levado à unidade policial para as providências cabíveis, sendo posteriormente encaminhado ao sistema prisional – onde permanecerá à disposição da Justiça.
Também questionada pela reportagem, a Polícia Civil não soube confirmar para qual presídio o suspeito foi conduzido e também não esclareceu em quais datas os crimes foram cometidos.
O Código Penal tipifica o crime de estelionato no artigo 171 e prevê pena de 1 a 5 anos de reclusão, além de multa.