Sete profissionais da educação da rede pública de Pedro Leopoldo foram afastados com suspeita de COVID-19 menos de duas semanas após a volta às aulas presenciais. Ao todo, 35 alunos que tiveram contato com essas pessoas também foram mandados pra casa e estão sendo monitorados, mas, até agora, nenhum foi testado.
A prefeitura da cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte divulga duas informações contraditórias sobre os sete profissionais. Enquanto o secretário de Saúde, Hélio Néri, afirmou nessa terça-feira (18/8) que todos eles testaram positivo para COVID-19, a secretária de Educação, Cláudia Resende, nega.
"O secretário de Saúde se confundiu. Os dois profissionais da educação que apresentaram os sintomas na semana passada, os testes deram negativo. E os outros cinco desta semana, os resultados ainda não saíram”, afirma a titular da Pasta nesta quarta-feira (19/8).
São cinco professores, um auxiliar de escola e um monitor afastados com sintomas gripais leves. Os alunos que tiveram contato com os cinco educadores também foram afastados e estão sendo monitorados pela gestão municipal e pelas famílias - mas nenhum teste nas crianças foi realizado.
As aulas presenciais retornaram na cidade no último dia 9, uma segunda-feira.
Aulas continuam
A secretaria de Educação também afirmou que as aulas continuam normalmente. Tanto os professores que apresentaram sintomas leves quanto os alunos afastados preventivamente continuam com as lições na forma remota.
De acordo com a gestão municipal, 2.338 crianças de 2 a 6 anos estão matriculadas na educação infantil, mas nem todos retornaram para as salas de aulas. No protocolo de retorno das atividades híbridas, as salas só podem ser ocupadas com 30% da capacidade dos alunos matriculados.
Nesse primeira fase de abertura gradual, 211 professores estão lecionando também de forma híbrida nas escolas.
“Nesse momento estamos trabalhando para que tudo saia de acordo com nosso protocolo para termos um saldo positivo desse retorno. Fizemos uma reunião com os diretores das escolas na sexta-feira para sabermos se o atual protocolo está atendendo e se tem algo pra ser melhorado para que tudo ocorra de forma segura”, afirma Cláudia Resende.
“O que houve foram informações trocadas", diz, sobre as informações contraditórias divulgadas pela Saúde e Educação. "Vale lembrar que estamos em período de tempo seco e é comum aparecer casos gripais, vamos aguardar o resultado dos testes”, complementa a secretária de Educação.