O patrimônio de Minas já perdeu grandes tesouros pertencentes a igrejas, capelas, museus e prédios públicos, causando danos irreparáveis ao setor cultural e às comunidades do interior. A estimativa, conforme as autoridades, é de que 60% dos bens desapareceram, muitas vezes devido à falta de segurança nas edificações.
Para garantir mais proteção e preservar os acervos, será instalado sistema eletrônico de alarme contra intrusão em 57 prédios de relevância, por iniciativa do governo estadual, via Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). O valor do contrato é de R$ 320 mil, com vigência de 36 meses.
Para garantir mais proteção e preservar os acervos, será instalado sistema eletrônico de alarme contra intrusão em 57 prédios de relevância, por iniciativa do governo estadual, via Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). O valor do contrato é de R$ 320 mil, com vigência de 36 meses.
Conforme divulgado pela Secult, o serviço inclui a locação de equipamentos, instalação, monitoramento remoto 24 horas e manutenção preventiva e corretiva com reposição de peças. A instalação dos alarmes em todas as edificações contempladas será feita em igrejas, capelas, museus e casarões espalhados por 26 municípios mineiros. O prazo para execução do trabalho é de seis meses, a partir da assinatura do contrato.
Segundo o presidente do Iepha-MG, Felipe Pires, a implantação dos sistemas de alarme irá garantir que a polícia e as comunidades locais tomem conhecimento, rapidamente, de qualquer tentativa de intrusão em edificações com bens móveis de alto valor histórico, facilitando ações protetivas.
"Por meio desse instrumento, o Iepha-MG amplia seu papel na proteção e preservação do nosso patrimônio cultural. A instalação dos alarmes em edifícios tombados ou de interesse cultural do estado reforça a segurança contra intrusão e furto dos bens móveis e, assim, há mais tranquilidade também para as comunidades."
"Por meio desse instrumento, o Iepha-MG amplia seu papel na proteção e preservação do nosso patrimônio cultural. A instalação dos alarmes em edifícios tombados ou de interesse cultural do estado reforça a segurança contra intrusão e furto dos bens móveis e, assim, há mais tranquilidade também para as comunidades."
O subscretário de Cultura da Secult, Maurício Canguçu, reforça a importância da prevenção: "Precisamos ter um olhar apurado para a proteção do patrimônio, considerando que essas peças têm grande valor no mercado clandestino e Minas abriga 62% do patrimônio histórico do país". O projeto foi viabilizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e contou com o patrocínio da Cemig. O investimento total da empresa em ações de proteção junto ao Iepha será de R$1,4 milhão.
Responsabilidade
Presente ao anúncio oficial do programa, em Belo Horizonte, o titular da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC/Ministério Público de Minas Gerais), Marcelo Maffra, destaca que os órgãos públicos têm "uma grande responsabilidade em proteger esse patrimônio, porque mais da metade dos bens culturais mineiros se perderam ao longo dos 300 anos de história".
Ele explica que a principal causa está nos crimes de furto e receptação de bens culturais. "Por isso, o MPMG, junto com o Iepha, vem trabalhando na prevenção, para impedir que esses artigos tão significativos para a memória do estado sejam roubados".
Ele explica que a principal causa está nos crimes de furto e receptação de bens culturais. "Por isso, o MPMG, junto com o Iepha, vem trabalhando na prevenção, para impedir que esses artigos tão significativos para a memória do estado sejam roubados".