Após mais de dez horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Minas Gerais condenou, nesta quarta-feira (18/8) o policial militar Ronildo da Silva, de 51 anos, a 12 anos e seis meses de prisão pelo assassinato do empreiteiro Anderson Cardoso Ignácio, de 48.
O crime ocorreu em 2 de junho de 2017 durante uma briga de trânsito na Avenida Tereza Cristina, Bairro Calafate, Região Oeste de BH. O primeiro-sargento foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Conforme a sentença judicial, os jurados mantiveram as qualificadoras do homicídio. O juiz Daniel Leite Chaves fixou o início do cumprimento da pena em regime fechado, mas Silva ainda pode recorrer em liberdade da decisão.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), o réu é monitorado por meio de tornozeleira eletrônica desde abril de 2018.
O militar tem um condenação anterior também por homicídio. Consta nos registros da PM que ele cumpriu dois anos entre 1998 e 2000 por outro assassinato praticado no Sul de Minas.
Tiros no trânsito
De acordo com o processo, Ronildo atirou contra Anderson durante uma briga no trânsito. O policial, contudo, alegou ter feito os disparos por achar que seria assaltado.
A denúncia do Ministério Público sustenta que, no dia 2 de junho, o autor e a vítima circulavam pela Avenida Tereza Cristina. O empreiteiro teria feito uma manobra repentina na frente do policial, que estava de folga e portava uma pistola calibre 765, particular.
Nervoso, ele aproveitou o sinal vermelho, se aproximou de Anderson e, sem dizer nada, disparou contra ele. Em seguida, o primeiro-sargento deixou o local do crime e se apresentou ao batalhão da PM onde trabalha. Anderson Cardoso Ignácio foi atingido na região do tórax, perto do pescoço.