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Estado de Minas CONDENAÇÃO

PM de BH acusado de matar homem em briga de trânsito pega 12 anos de prisão

Policial atirou contra a vítima na Avenida Tereza Cristina. Ele já havia cumprido pena por homicídio


18/08/2021 20:52 - atualizado 18/08/2021 23:17

O PM Ronildo Silva foi condenado por matar o empreiteiro Anderson Ignácio com tiros no tórax durante uma briga de trânsito
O PM Ronildo Silva foi condenado por matar o empreiteiro Anderson Ignácio com tiros no tórax durante uma briga de trânsito (foto: Ivan Drummond/EM/D.A.Press)
Após mais de dez horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Minas Gerais condenou, nesta quarta-feira (18/8) o policial militar Ronildo da Silva, de 51 anos, a 12 anos e seis meses de prisão pelo assassinato do empreiteiro Anderson Cardoso Ignácio, de 48

O crime ocorreu em 2 de junho de 2017 durante uma briga de trânsito na Avenida Tereza Cristina, Bairro Calafate, Região Oeste de BH. O primeiro-sargento foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. 
 
Conforme a sentença judicial, os jurados mantiveram as qualificadoras do homicídio. O juiz Daniel Leite Chaves fixou o início do cumprimento da pena em regime fechado, mas Silva ainda pode recorrer em liberdade da decisão.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), o réu é monitorado por meio de tornozeleira eletrônica desde abril de 2018.

O militar tem um condenação anterior também por homicídio. Consta nos registros da PM que ele cumpriu dois anos entre 1998 e 2000 por outro assassinato praticado no Sul de Minas.

Tiros no trânsito

De acordo com o processo, Ronildo atirou contra Anderson durante uma briga no trânsito. O policial, contudo, alegou ter feito os disparos por achar que seria assaltado.

A denúncia do Ministério Público sustenta que, no dia 2 de junho, o autor e a vítima circulavam pela Avenida Tereza Cristina. O empreiteiro teria feito uma manobra repentina na frente do policial, que estava de folga e portava uma pistola calibre 765, particular.

Nervoso, ele aproveitou o sinal vermelho, se aproximou de Anderson e, sem dizer nada, disparou contra ele. Em seguida, o primeiro-sargento deixou o local do crime e se apresentou ao batalhão da PM onde trabalha. Anderson Cardoso Ignácio foi atingido na região do tórax, perto do pescoço.


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