Primeiras instituições a fecharem as portas na pandemia de COVID-19, as escolas terão prioridade de funcionamento a partir de agora. A promessa é do prefeito de BH Alexandre Kalil (PSD), que, na manhã desta quarta-feira (19/8), anunciou que as salas de aula do município passarão a funcionar com o dobro de alunos.
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"Primeiro, eu preciso ressaltar que não foi o critério da cidade que mudou, foi o critério do mundo. Existe uma nova orientação sanitária, estabelecida por um órgão internacional, e ela diz que manter as escolas abertas a essa altura em que estamos da pandemia é seguro. Diante disso, eu, agora, estou seguro para dizer que escolas serão as últimas a fechar, se a situação piorar, se um desastre acontecer. Se preciso for, vamos fechar tudo quanto há para mantermos as escolas abertas", afirmou o chefe do Executivo ao Estado de Minas.
Ainda segundo o prefeito, o novo protocolo também valerá para as escolas particulares que, atualmente, funcionam em esquema diferenciado. Enquanto os colégios municipais reabriram com turmas divividas em microbolhas que não se misturam, os privados foram autorizados a manter até 50% de cada turma dentro das salas.
O critério citado por Kalil é o do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta (CDC), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Em 5 de agosto, o órgão orientou a redução do distanciamento entre os estudantes dentro do ambiente escolar de dois metros para um metro nas cidades com mais de 400 infectados por 100 mil habitantes.
Membro Comitê de Enfrentamento à COVID-19, o infectologista Carlos Starling explicou que a nova premissa permitiu a reformulação do protocolo vigente na rede de ensino da cidade para a admissão de mais estudantes.
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Variante Delta
Com três casos registrados na capital, a variante Delta do novo coronavírus preocupa o município, uma vez que a cepa é mais contagiosa e afeta os mais jovens não vacinados. Segundo Starling, a prefeitura está atenta ao avanço da variante e aguarda orientações da Anvisa sobre a vacinação de crianças e adolescentes. Nesta quinta, o órgão rejeitou a aplicação da CoronaVac nesta parcela da população. A imunização do público infanto-juvenil, no entanto, por ora, está descartada.
Ao menos cinco capitais já vacinam adolescentes sem comorbidades. São elas: Rio Branco (AC), Manaus (AM), São Luís (MA), Campo Grande (MS) e Boa Vista (RR), que estão protegendo jovens a partir de 12 anos.