Jornal Estado de Minas

INTERIOR

Queimada já destruiu cerca de 400 hectares de mata em Patrocínio

Equipes do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais trabalham há cinco dias no combate a um incêndio em mata fechada na Região da Estância Mineral Serra Negra, Zona Rural de Chapadão de Ferro, no município de Patrocínio, no Alto do Paranaíba, cidade a 426 quilômetros de Belo Horizonte. Cerca de 400 hectares da reserva florestal, nativa do cerrado mineiro, foram queimados. 




 
A Região de Serra Negra é conhecida pela água sulfurosa e pelas histórias de que um vulcão tenha se formado e desaparecido há milhares de anos. Turistas também visitam o antigo Hotel Serra Negra, um dos mais luxuosos da década de 1980. Ele é rodeado por uma densa vegetação e uma rica fauna.
 
O capitão Lucas Maia, que comanda a operação, disse que 20 militares do Corpo de Bombeiros trabalham no local. Além de militares lotados em Patrocínio e Patos de Minas, a operação conta com reforço de equipes especializadas de Belo Horizonte e de Uberaba. Uma base de operações foi montada no antigo Hotel Serra Negra para comandar as ações das equipes. 
 
Bombeiros usam ruínas de antigo hotel como "QG" da operação (foto: Divulgação (Corpo de Bombeiros/CBMMG))
Maia explicou que os bombeiros utilizam um drone para identificar os principais focos de incêndio e se deslocarem para o local. O helicóptero é usado para desembarcar as equipes em locais estratégicos de combate e também com bolsões de água. 




 
O capitão disse ainda que o local é de difícil acesso, bastante íngreme, com árvores caídas e muito pedregoso. Segundo ele, através do manejo correto do desastre e de risco, as equipes conseguiram adentrar em alguns pontos de mata onde foi possível a extinção de diversos focos de incêndio. A maior dificuldade no combate ao incêndio é que arvores de grande porte em chamas caem e levam o fogo para árvores mais a baixo, provocando outros focos. 
 
O fogo avança pelas pastagens e atinge as áreas de mata fechada (foto: Divulgação (Corpo de Bombeiros/CBMMG))
Capitão Maia disse que o trabalho desta sexta-feira tem início antes do amanhecer. Mesmo sem luminosidade, o drone pode identificar os focos de calor e com isso os bombeiros montam estratégias de combate. Ainda de acordo com ele, durante a manhã, as baixas temperaturas auxiliam na extinção das chamas.

audima