O número de atendimentos por envenenamento no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, é alarmante. No último semestre, 11.968 pessoas buscaram atendimento médico no hospital após intoxicação, dessas 31 morreram.
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Casos recorrentes de envenenamento
Dos casos atendidos pelo hospital, o maior número de pacientes procura ajuda após intoxicação medicamentosa. Em segundo lugar, estão os casos de animais peçonhentos, seguido de envenenamento por produtos químicos residenciais ou industriais.
Também estão entre os maiores números de atendimentos, intoxicações por produtos e material de limpeza. Por último, mas não menos recorrente, estão os casos de envenenamento por agrotóxicos.
De acordo com a Ciatox-MG, os números subiram em comparação com o cenário pré-pandemia. “Esse aumento se deve ao crescimento do uso de algumas substâncias usadas para limpeza no domicílio e também para desinfecção de mãos, vasilhas e embalagens”, afirma.
O Centro pontua, ainda, o aumento de 18% nos números de envenenamento por cosméticos ou produtos de higiene entre 2019 e 2020, subindo de 441 para 519 casos. As intoxicações por material de limpeza também subiram 19% no mesmo período. Assim como as intoxicações por produtos químicos, residenciais ou industriais, com um aumento de 17%.
Como auxiliar no socorro à vítima?
Em nota, a Ciatox-MG elenca medidas que podem auxiliar no socorro à vítima de envenenamento. “Trata-se de assunto pouco abordado, mas extremamente importante para alguns grupos de intoxicações acidentais e relacionadas ao ambiente de trabalho”, enfatiza.
Em caso de intoxicação aguda, recomenda-se prontidão em levar a vítima a um serviço de saúde; levar o frasco ou a caixa da substância a que a pessoa foi exposta; não induzir vômitos; não ingerir leite; não oferecer alimentos ou água. Além de não deixar a vítima sozinha.
Em situações de picada de animais peçonhentos, Caso o animal tenha sido capturado, a orientação é levá-lo, em segurança, com a vítima ao serviço de saúde. Se não for capturado, caso seja possível, fotografar o animal de vários ângulos.
O Centro reitera que, ao prestar socorro, fazer um torniquete pode ser prejudicial à vítima, assim como furar ou tentar chupar o local da picada.
O atendimento de Toxicologia do Hospital João XXIII funciona 24 horas, todos os dias pelos telefones 0800 722 6001, (31) 3224-4000 e (31) 3239-9308.