A prefeitura de Unaí, no Noroeste de Minas, confirmou nesta segunda-feira (23/8) um aumento do número de casos confirmados da variante Delta do novo coronavírus. Agora são nove pacientes que tiveram a forma diferenciada do vírus.
Segundo a administração, os dados foram encaminhados pela secretaria estadual de Saúde (SES-MG), apesar da informação pública estar desatualizada (leia mais abaixo).
Dos nove pacientes, dois são homens e sete mulheres. Apenas uma pessoa segue internada. As demais já saíram do período de quarentena e tiveram apenas sintomas gripais. Todos têm idades entre 21 e 48 anos, e três moram na zona rural.
Também nesta segunda-feira, a cidade de Cabeceira Grande, que fica a 64km de distância de Unaí, publicou uma nota em que confirma que há "casos" registrados da Delta na cidade.
Apesar de não divulgar quantas pessoas tiveram contato com a variante, o executivo afirma que elas não moram no município, mas que, pela coleta ter acontecido em Cabeceira Grande, o registro conta para o município.
O texto finaliza dizendo que as autoridades de saúde estão "auxiliando o município de Unaí com esses pacientes".
No Vale do Mucuri, a cidade de Itaipé afirma que há um caso suspeito da variante Delta, mas o resultado do exame ainda não chegou.
Dados desatualizados
O Painel de Monitoramento do Coronavírus estadual teve a última atualização em 13/8, e mostra apenas 2 casos para Unaí e nenhum em Cabeceira Grande.
A SES-MG garante que a atualização será feita, e afirma que tem ampliado as ações de vigilância das variações do coronavírus e realizado rigoroso monitoramento dos casos suspeitos da variante Delta.
"Para minimizar o risco de disseminação, é feito o monitoramento dos casos confirmados e contatos, além do apoio técnico junto às secretarias nunicipais de Saúde e Unidades Regionais de Saúde, para obter mais informações para a investigação epidemiológica", aponta.
A variante Delta é considerada mais transmissiva - ou seja, com maior facilidade para se espalhar - do que o vírus comum encontrado até então no estado. Há uma semana, o governo mineiro disse que já considerava a transmissão comunitária - em outras palavras, de pessoa para pessoa que não necessariamente saiu de Minas.
Uma morte registrada em Rio Novo, na Zona da Mata, deixou as autoridades de saúde em alerta ainda maior e reforçou a necessidade da vacinação, já que, segundo o Ministério da Saúde, todas as doses aplicadas no Brasil protegem contra essa variante.