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Estado de Minas PATRIMÔNIO MINEIRO

Obras na Rua Direita são retomadas, mas não serão entregues para o feriado

Tradicional via de Ouro Preto está com intervenções desde junho e, após suspensão do Iphan, não será liberada a tempo do 7 de Setembro


24/08/2021 14:39 - atualizado 24/08/2021 16:04

A obra da Rua Direita, em Ouro Preto, já está na terceira fase, em que cada pedra é colocada manualmente pelos calceteiros
A obra da Rua Direita, em Ouro Preto, já está na terceira fase, em que cada pedra é colocada manualmente pelos calceteiros (foto: Secretaria de Obras/Divulgação)
 
Após 13 dias paralisada,  a obra da rua Conde de Bobadela - popularmente conhecida como rua Direita  -, em Ouro Preto, voltou a ser executada nesta terça-feira (24/8). Na terceira fase da intervenção, em que cada pedra é colocada manualmente pelos calceteiros, a recomposição do pavimento já apresenta sinais de conclusão dos trabalhos. 
 
Segundo o secretário de obras de Ouro Preto, Antônio Simões, a previsão inicial era liberar a tradicional via na primeira semana do próximo mês para que o comércio e as pousadas da rua pudessem aproveitar o feriado de 7 de Setembro. No entanto, com a paralisação, a revitalização da Rua Direita de Ouro Preto só deve ficar pronta no fim do mês que vem.
 
Mesmo com o atraso de duas semanas, o secretário garante que não vai gerar aumento do custo da obra, orçada em R$ 548.960,88.
 

Andamento

 
A obra começou em junho e está adiantada, segundo Simões: serviços de remoção do pavimento - com reaproveitamento - e de base já foram executados, assim como a substituição das redes de água e esgoto, com a instalação de redes de fibra ótica. Além disso, já foi instalada a rede de combate a incêndio (hidrantes) e feita a recomposição da base com compactação.
 
“Agora estamos na recomposição do pavimento poliédrico. Vamos entregar uma obra que melhora a infraestrutura de internet na região da Rua Direita e, além disso, garante agilidade no combate a incêndios nos casarões históricos”, afirma o secretário.
 

Paralisação

 
A paralisação foi determinada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 10 de agosto após observar intervenções de escavação da terra além da permitida no escopo do projeto, o que poderia causar dano ao patrimônio. Por isso, foi exigido da Secretaria de Obras, a paralisação até a entrega de um relatório executado por uma arqueólogo e uma FCA (Ficha de Cadastro de Atividade).
 
De acordo com o secretario de Obras, os documentos foram entregues na segunda-feira (16/8), analisados e aprovados pelo Iphan na sexta-feira (20/8).
 
A suspensão gerou reclamação de comerciantes. “Nós, comerciantes, nunca fomos contrários à obra. Fomos contrários à obra sem planejamento e sem comunicação com os comerciantes. Na verdade, o pior estrago já foi feito. Após um longo período de comércio fechado por causa da pandemia, o melhor mês - que era julho - já acabou. Poderiam ter iniciado as obras em agosto”, afirmou Júlio Ernerstro, morador e dono de comércio na via.


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