Nesta terça-feira (24/8), Pouso Alegre e Camanducaia confirmaram os primeiros casos de contaminação com a variante Delta da COVID-19. Itajubá também já havia detectado a cepa indiana na segunda-feira (23). Os três municípios pertencem à mesma Regional de Saúde.
Em Pouso Alegre, a variante foi identificada em uma mulher na faixa dos 50 anos, que testou positivo para o coronavírus no dia 8 de agosto. Ela já tinha recebido as duas doses da vacina contra a COVID-19. Conforme a prefeitura, a paciente não teve complicações e já se recuperou.
Já em Camanducaia, a cepa foi detectada em um homem de 60 anos, que realizou o teste da COVID no dia 02 de agosto. Ele já tinha tomado a primeira dose da vacina e não desenvolveu o quadro grave da doença. A prefeitura informou que o morador cumpriu o isolamento e não precisou ser internado.
As confirmações ocorreram após as amostras serem analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. De acordo com o painel da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), até o momento há três casos da cepa indiana no Sul de Minas: em Itajubá, Pouso Alegre e Camanducaia.
“A SES-MG segue conduzindo a investigação dos casos, junto aos municípios, para avaliação da história clínica e epidemiológica dos pacientes e seus contatos. Diante das investigações realizadas, número de confirmações e distribuição dos casos pelo território, pode-se afirmar que existe transmissão comunitária da variante Delta no estado”, diz a nota da Secretaria de Saúde.
Isso acende um alerta para a população redobrar as medidas de prevenção à COVID-19, já que a nova variante é mais contagiosa. É necessário reforçar a importância do uso da máscara, higienização das mãos e distanciamento social.
Variante Delta em Minas Gerais
Em Minas Gerais, 91 amostras genotipadas identificaram a cepa indiana – sendo 51 casos do sexo feminino (56%) e 40 casos do sexo masculino (44%). Desse total, a SES informou que dois casos evoluíram a óbito.
“Para minimizar o risco de disseminação, a SES-MG realiza monitoramento dos casos confirmados e contatos, além do apoio técnico junto às Secretaria Municipal de Saúde e Unidades Regionais de Saúde para obter mais informações para a investigação epidemiológica”, informou a Secretaria de Saúde.
Em nota, o órgão também disse que tem adotado estratégias para acelerar a imunização, principal medida de prevenção. A SES ainda reforça a importância da segunda dose, já que só com o esquema vacinal completo é possível reduzir a transmissão do vírus e evitar a forma grave da doença.
(Gabriella Starneck / Especial para o EM)
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