O Corpo de Bombeiros corrigiu a informação inicial e esclareceu, no fim da noite dessa terça (24/8), que o corpo encontrado em Brumadinho, na Grande BH, deve ser de uma mulher. A corporação o encontrou na área conhecida como Remanso 1, à direita do distrito de Córrego do Feijão, onde era localizada a barragem.
Apesar da informação, ainda não é possível assegurar que se trata de uma mulher nem de um dos 10 desaparecidos da catástrofe de 25 de janeiro de 2019.
Isso porque só a perícia da Polícia Civil é capaz de determinar de quem realmente é o corpo achado pelos bombeiros nessa terça. O Instituto Médico-Legal (IML) leva um tempo indeterminado para definir a identidade.
"Uma das grandes dificuldades do nosso trabalho é que, como estamos falando de uma região com mais de 11 milhões de metros cúbicos de rejeito para serem vistoriados, esse rejeito tem uma característica que muitas vezes é difícil da gente fazer a busca deste material", afirmou o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, nessa terça.
Atualmente, a corporação adota uma nova estratégia de busca, na qual há uso de maquinários específicos para separação mecânica do rejeito.
Ainda assim, os militares relatam que há muita dificuldade para definir o que é rejeito, o que é um objeto e o que realmente se trata de um corpo. Dessa maneira, o trabalho é lento e detalhado.
A tragédia da Vale matou 270 pessoas. Dessas, 10 continuam sumidas em meio ao mar de lama da Barragem 1 da Mina de Córrego do Feijão.
O último identificado do desastre foi o soldador da Vale Renato Eustáquio de Sousa. Ele tinha 34 anos à época.