Jornal Estado de Minas

CRIME

Mulher que ateou fogo em ônibus em Betim é presa pela polícia

Uma mulher de 18 anos foi presa por policiais da Delegacia de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, como sendo a mentora de um incêndio a ônibus, no Bairro Guanabara, no último dia 18 de julho. Segundo informações dos policiais civis, ela também é integrante do chamado "Tribunal do Crime” daquela cidade, comandado pelo tráfico de drogas.





 


O incêndio no coletivo ocorreu no dia seguinte à ação da polícia contra o Tribunal do Crime, e, segundo o delegado Marcelo Cali, foi em retaliação pelo que ocorreu no dia anterior.


“Ela entrou no coletivo, na companhia de três homens. Bateu no motorista, mandou que os passageiros desembarcassem e, em seguida, determinou que fosse colocado fogo no ônibus. Jogaram combustível e ela riscou o fósforo, fugindo em seguida”, conta o delegado.

Tribunal do Crime

Sobre o Tribunal do Crime, segundo o delegado Cali, a polícia obteve um vídeo do julgamento de um homem, que teria pego drogas para vender, mas que não fez o acerto com o traficante. Por isso, ele foi apanhado pelos homens desse traficante e levado para um tribunal.





“No vídeo, fica claro o instante em que param de bater no homem e chamam a mulher. Ela entra com uma barra de ferro e desfere vários golpes na vítima. Ela era atuante. Esse homem foi condenado à morte, no entanto, isso só não se consumou graças à intervenção da Polícia Militar, que efetuou oito prisões”, conta ele.


Em 17 de junho, véspera do incêndio no ônibus, os acusados e testemunhas foram intimados para irem à delegacia prestar esclarecimentos, o que resultou na prisão de oito pessoas.


No entanto, essa foi a segunda aparição da mulher. “Ela estava na fila e tudo isso está documentado pela polícia. Fazia ameaças a cada um dos depoentes, antes que entrassem na delegacia. Não deu certo, pois oito traficantes foram presos, um deles, o chefe da facção”, diz o delegado Cali.


As investigações apontaram, ainda, segundo ele, que, apesar da pouca idade, a mulher, que era vendedora de drogas, no início, teria se tornado a gerente da boca de fumo. “O pior é que ela já é mãe e tem uma filha pequena”, lamenta o delegado.


 

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