Os idosos de Minas Gerais serão convocados para tomarem uma terceira dose de reforço da vacina contra a COVID-19 a partir da segunda quinzena de setembro. A medida foi aprovada em nível nacional nessa quarta-feira (25/08) pelo Ministério da Saúde e, segundo o governo de Minas, já será adotada em território mineiro a partir do próximo mês.
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Outro ponto citado pelo secretário de Saúde é o fato de que a dose de reforço precisar ser de um fabricante diferente das outras doses aplicadas - ou, no caso da Janssen, da dose única. A questão já foi constatada cientificamente, e Baccheretti deu mais detalhes a respeito.
"Nós temos três plataforma de vacinas. Vamos dividir entre a CoronaVac, AstraZeneca e Janssen, que é a segunda, e a Pfizer, a terceira. Plataforma é o tipo de vacina, o que se sabe pelos estudos é que a dose de reforço deve ser dada por uma plataforma diferente. Então, sendo um pouco didático: quem tomou CoronaVac, o seu reforço vai ser ou AstraZeneca, ou Janssen, ou Pfizer. Quem tomou AstraZeneca, o reforço poderá ser dado ou com CoronaVac ou com Pfizer, não pode ser utilizado da Janssen por ser a mesma plataforma", afirmou.
Mais fácil do que na última vez
Grande parte desses idosos já tomaram as duas doses da vacina contra a COVID-19 - ou a dose única - e, segundo Baccheretti, o momento de aplicação da nova dose de reforço proporciona maior facilidade aos municípios. O secretário alia alguns pontos para essa suposta facilidade.
"A gente viu, dentro do que vivenciamos em relação ao primeiro momento da vacinação, com vacinas escassas, a dificuldade de vacinar grupos prioritários. A gente atrasava vacinação pelo número restrito de grupos que não acompanhava a idade. Agora, a gente vai vacinar por idade, não mais por grupo, e por tempo. Quem vacinou a segunda dose em março, em abril, então é mais fácil para o município vacinar. Não importa a categoria mais, o que importa é quando se vacinou e, obviamente, a idade", disse.
"Os municípios vão receber agora, assim como o estado de Minas, mais doses do que eles precisam para terminar seu esquema vacinal, de D1 (primeira dose) dos 18 anos, adolescentes, e também de D2 (segunda dose). Nessa sobre de vacinas em cada remessa ele irá vacinar sempre na ordem prioritária por idade e na ordem de temporalidade. Por exemplo, quando chegar a hora do trabalhador de saúde que vacinou lá em janeiro, vai vacinar primeiro o trabalhador de saúde que tomou a sua dose em janeiro, depois fevereiro, depois março. Vai ser mais fácil para o município, mas certamente é um desafio para os municípios vacinar vários grupos concomitantes. Mas a expectativa do adolescente é vencer em setembro, ele já não ser mais um grupo que vai ao posto, e depois vai ser, basicamente, D2 e reforço", completou.