Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

Minas vai iniciar aplicação de dose de reforço em idosos em setembro

Os idosos de Minas Gerais serão convocados para tomarem uma terceira dose de reforço da vacina contra a COVID-19 a partir da segunda quinzena de setembro. A medida foi aprovada em nível nacional nessa quarta-feira (25/08) pelo Ministério da Saúde e, segundo o governo de Minas, já será adotada em território mineiro a partir do próximo mês.





Secretário de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti deu detalhes nesta quinta-feira (26) a respeito da novidade. Segundo o gestor, será possível vacinar todos os adolescentes (pessoas com menos de 18 anos) em setembro e iniciar a imunização com a dose de reforço - segunda para quem recebeu a vacina da Janssen e terceira para os demais imunizantes.

"No mês de setembro, o estado de Minas vai iniciar o reforço da vacinação dos idosos imunossuprimidos. A primeiro momento, na segunda quinzena de setembro, só a Pfizer vai entregar 27 milhões de doses por país, ou seja, cerca de 2,7 milhões de doses a Minas Gerais. O número de adolescentes total, com e sem comorbidades, é de 1.715.991 pessoas no estado de Minas. A expectativa de vacinas recebidas da Pfizer para setembro é suficiente para que todos os adolescentes tomem a sua vacina e também que a gente comece a fazer o reforço de idoso", afirmou Fábio Baccheretti, secretário de Saúde de Minas Gerais, durante entrevista coletiva.

Outro ponto citado pelo secretário de Saúde é o fato de que a dose de reforço precisar ser de um fabricante diferente das outras doses aplicadas - ou, no caso da Janssen, da dose única. A questão já foi constatada cientificamente, e Baccheretti deu mais detalhes a respeito.





"Nós temos três plataforma de vacinas. Vamos dividir entre a CoronaVac, AstraZeneca e Janssen, que é a segunda, e a Pfizer, a terceira. Plataforma é o tipo de vacina, o que se sabe pelos estudos é que a dose de reforço deve ser dada por uma plataforma diferente. Então, sendo um pouco didático: quem tomou CoronaVac, o seu reforço vai ser ou AstraZeneca, ou Janssen, ou Pfizer. Quem tomou AstraZeneca, o reforço poderá ser dado ou com CoronaVac ou com Pfizer, não pode ser utilizado da Janssen por ser a mesma plataforma", afirmou.

Mais fácil do que na última vez


Grande parte desses idosos já tomaram as duas doses da vacina contra a COVID-19 - ou a dose única - e, segundo Baccheretti, o momento de aplicação da nova dose de reforço proporciona maior facilidade aos municípios. O secretário alia alguns pontos para essa suposta facilidade.

"A gente viu, dentro do que vivenciamos em relação ao primeiro momento da vacinação, com vacinas escassas, a dificuldade de vacinar grupos prioritários. A gente atrasava vacinação pelo número restrito de grupos que não acompanhava a idade. Agora, a gente vai vacinar por idade, não mais por grupo, e por tempo. Quem vacinou a segunda dose em março, em abril, então é mais fácil para o município vacinar. Não importa a categoria mais, o que importa é quando se vacinou e, obviamente, a idade", disse.





"Os municípios vão receber agora, assim como o estado de Minas, mais doses do que eles precisam para terminar seu esquema vacinal, de D1 (primeira dose) dos 18 anos, adolescentes, e também de D2 (segunda dose). Nessa sobre de vacinas em cada remessa ele irá vacinar sempre na ordem prioritária por idade e na ordem de temporalidade. Por exemplo, quando chegar a hora do trabalhador de saúde que vacinou lá em janeiro, vai vacinar primeiro o trabalhador de saúde que tomou a sua dose em janeiro, depois fevereiro, depois março. Vai ser mais fácil para o município, mas certamente é um desafio para os municípios vacinar vários grupos concomitantes. Mas a expectativa do adolescente é vencer em setembro, ele já não ser mais um grupo que vai ao posto, e depois vai ser, basicamente, D2 e reforço", completou.

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