Divulgada nesta quinta-feira (26/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 revela que, em Minas Gerais, naquele ano, 9,5% da população tinha algum tipo de deficiência.
Segundo o IBGE, na produção dos indicadores considerou-se pessoa com deficiência aquela que tenha respondido apresentar muita dificuldade ou não conseguir de modo algum enxergar, ouvir, se locomover, realizar movimentos nos membros superiores ou de realizar tarefas habituais em decorrência de limitações nas funções mentais ou intelectuais, independente do uso de aparelhos de auxílio.
A média mineira é maior da Região Sudeste, que registrou 8,1%, além de ser superior ao percentual nacional, de 8,4%. Atrás de Minas Gerais, estão apenas o Piauí (9,7%), Bahia (10,3%), Ceará (10,6%), Paraíba (10,7%) e Sergipe (12,3%).
Divisão por faixa etária
Dentre as crianças de 2 a 9 anos de idade, 0,8% eram pessoas com deficiência, enquanto a média nacional é de 1,5%. Dos 10 aos 17 anos, a média mineira e do país são proporcionais, 2,4% e 2,3%, respectivamente.
O mesmo acontece nas faixas-etárias seguintes. Veja:
- 18 a 29 anos: 3,1% (MG) e 2,9% (Brasil)
- 30 a 39 anos: 4,2% (MG) e 3,6% (Brasil)
- 40 a 59 anos: 11,1% (MG) e 10,0% (Brasil)
- 60 anos ou mais: 25,6% (MG) e 24,8% (Brasil)
De acordo com o IBGE, a pesquisa mostrou que, na casa dos 40 anos, há um aumento significativo no percentual de pessoas com deficiência, indicando os primeiros indícios do processo de envelhecimento e consequentemente uma perda em suas funções visuais, auditivas, motoras e intelectuais. O fenômeno ocorre não só em Minas Gerais, mas em todo país.
Os mineiros de 60 anos ou mais com deficiência representavam 25,6% da população relativa a essa faixa etária, o que equivale a cerca de um milhão de pessoas.
Tipos de deficiência
Os dados nacionais indicam que a maioria dos participantes têm dificuldades motoras dos membros inferiores foram as mais referidas, seguidas da dificuldade de enxergar, dificuldades de manipulação com os membros superiores, deficiência mental ou intelectual e, por último a deficiência auditiva.
Pela primeira vez, a PNS realizou o levantamento sobre quantas pessoas sabem usar a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). De 1,7 milhão de pessoas que afirmaram ter, pelo menos, alguma dificuldade para ouvir, 153 mil disseram saber usar a Libras, o que representa 9,2% do grupo.
Já entre os deficientes auditivos, ou seja, pessoas com muita dificuldade de ouvir ou não conseguem de modo algum ouvir, o percentual dos que conhecem Libras foi de 22,4%.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria