Teve início na manhã desta sexta-feira (27/8) o julgamento de Sidney da Silva, acusado de matar a mulher e ocultar o corpo dela sob concreto na parede da residência do casal, na Vila Barragem Santa Lúcia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Preso desde abril do ano passado, o réu terá seu destino definido no III Tribunal do Júri, no Fórum Lafayette, no Barro Preto, Centro da capital.
Conforme os autos do processo, Sidney responde por feminicídio qualificado por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima. A promotoria sustenta que foi ele quem assassinou Cleonice Correa de Jesus, com quem tinha um relacionamento há 12 anos, em 6 de abril de 2020, durante uma briga.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na época, a vítima sumiu por cerca de cinco dias. A família desconfiou do desaparecimento e acionou a Polícia Militar (PM).
Na noite do homicídio, o acusado teria aparecido na casa da mãe sujo de cimento. Alguns dias depois, também teria confessado à cunhada que havia matado Cleonice e enterrado o corpo em casa.
Em 13 de abril, PMs foram até a residência do casal, no Beco Estrela do Oriente. Ao chegarem, notaram que os cômodos estavam revirados, como se estivessem em reforma. No local, os agentes encontraram manchas de sangue, além uma pá e um machado. Após vasculharem o espaço, descobriram o cadáver da vítima concretado em uma das paredes. O corpo foi resgatado pelos bombeiros em avançado estágio de decomposição.
A perícia concluiu que Cleonica foi morta com golpes de instrumento contundente na cabeça.
Conforme o processo, o relacionamento entre o dois era conturbado. A mulher era frequentemente ameaçada e agredida fisicamente.