Jornal Estado de Minas

ÔNIBUS

São Sebastião do Paraíso evita falta de ônibus, mas prefeito mira 'plano B'

Os usuários do transporte coletivo de passageiros em São Sebastião do Paraíso, no Sudoeste de Minas, vão ter a prestação do serviço por pelo menos mais dois meses. Após o risco de uma suspensão geral na circulação dos coletivos da cidade a partir quarta-feira, 1º de setembro, a Câmara de Vereadores do município aprovou nesta segunda (30/8), por unanimidade, um projeto de lei para a renovação em caráter excepcional do contrato com a empresa vencedora da licitação, no valor de R$ 65 mil por mês.



Leia: São Sebastião do Paraíso pode ficar sem transporte coletivo já no dia 1º de setembro

O valor representa um aumento de R$ 19 mil a mais por mês no contrato com a empresa. Em 1º de março, a prefeitura realizou um processo licitatório, em caráter emergencial, por seis meses, cujo contrato termina nesta terça-feira (31/8). A vencedora do processo e a renovação  foi com a empresa Talma Transportes, de Belo Horizonte. O projeto, porém, tem validade de apenas dois meses.

O prefeito de São Sebastião do Paraíso, Marcelo Morais (PSC), disse novamente que vai recorrer a um "plano B". Ele adiantou que, passados esses dois meses, vai contratar ônibus com motoristas, o que, segundo ele, fica bem mais barato que o transporte atual. "Tivemos que renovar o contrato, mas foi por dois meses apenas. Pretendo colocar o plano 'B' em ação', disse.

Esta não seria a primeira vez que a população de São Sebastião do Paraíso ficaria sem ônibus. Por quase dois meses, entre janeiro e fevereiro, os coletivos não circularam na cidade, após o encerramento de contrato com a empresa anterior. A prestação do serviço foi retomada em março. 




Além disso, devido à pandemia, a quantidade de pessoas que têm utilizado o serviço está muito baixa, segundo a prefeitura. O público normal variava entre 42 mil e 43 mil usuários por mês. Atualmente, esse número não passa de 25 mil, excluídos os idosos e os usuários do Conselho Municipal de Desenvolvimento Social (CMDS), que têm acesso gratuito ao transporte.


Valor só aumenta


Inicialmente, a Câmara aprovou um projeto do Executivo que estabelecia a garantia de pagamento de subsídio de R$ 210 mil para que a empresa operasse no município. O repasse seria mensal no valor de R$ 35 mil.

No entanto, devido à baixa utilização do serviço, foi preciso ampliar em mais R$ 11 mil o valor mensal do repasse, que atualmente está em R$ 46 mil, para o funcionamento da circulação dos ônibus pelas linhas 1, 2, 3 e 5.

Agora, foram aumentados em mais R$ 19 mil por mês pelo contrato emergencial, passando para R$ 65 mil mensais.


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