Jornal Estado de Minas

Tráfico de drogas

Casal que usava filhos para traficar é preso com 25 quilos de cocaína

Um casal, ambos de 27 anos, foi preso em flagrante, nessa segunda-feira (30/8), pela Polícia Civil, em posse de mais de 25 quilos de cocaína, conhecida como escama de peixe, destinada a abastecer o tráfico no aglomerado Cabana do Pai Tomás, na Região Oeste de Belo Horizonte. O casal, segundo informações dos policiais que trabalham no caso, é investigado, também, por usar os filhos, de 4 e 7 anos, para ludibriar a polícia no momento de transportar as drogas.






As investigações duraram cerca de três meses. Policiais do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) monitoravam um dos gerentes do tráfico daquele aglomerado. Foi quando as suspeitas recaíram sobre o casal.


Na segunda-feira, o homem foi visto num carro, indo em direção ao Bairro Salgado Filho, sendo seguido por outro veículo. Os policiais interceptaram os dois veículos. O suspeito conseguiu fugir, mas no outro carro havia uma família, sendo o casal e as duas crianças. Ao revistarem o veículo, encontraram,  no porta-malas, uma mala de viagem contendo 25 quilos de cocaína, que foi apreendida.


Feito um levantamento sobre os suspeitos, descobriu-se que nenhum dos dois tinha, ainda, passagem pela polícia. Eles alegaram que desconheciam o conteúdo da mala e apenas estariam fazendo favor para um primo, versão que foi descartada pela polícia.





Segundo o inspetor Vander Tavares, as investigações apontam que os suspeitos teriam o costume de utilizar os filhos para fazer o transporte das drogas, como forma de tentar enganar a polícia. “Muitas das vezes, em blitze ou operações policiais, quando se vê uma criança dentro de carros, é mais passível de se ter uma liberação mais rápida.”


Os filhos do casal foram encaminhados para a casa de parentes. Órgãos da infância e juventude serão comunicados pela polícia para a adoção de providências legais.

 

O delegado Rodolpho Machado explica que a cocaína apreendida é de extrema pureza, conhecida como escama de peixe. “Essa porção de droga, após alterações químicas, feitas em laboratório, pode aumentar até cinco vezes o volume, antes de ser vendida no varejo."


O chefe da Divisão Especializada de Combate ao Narcotráfico, Rafael Horácio, ratificou o alto teor da cocaína: “É importante ressaltar que, tamanha a pureza da cocaína, esta pode ser considerada a maior apreensão de drogas realizada pelo Denarc este ano”.


As investigações, coordenadas pela equipe da 2ª Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, continuam com o objetivo de identificar a origem e o destino da cocaína, bem como os demais envolvidos desse grupo de traficantes.

 

 

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