Jornal Estado de Minas

AGLOMERAÇÃO

Lagoa da Pampulha registra grande movimento neste sábado (4/9)


A orla da Lagoa da Pampulha e os arredores da Igreja de São Francisco de Assis receberam dezenas de visitantes neste sábado (4/9). Um passeio tranquilo se não fosse a pandemia do novo coronavírus, já que algumas pessoas insistem em não usar máscara de proteção facial e não se importam em aglomerar.





A reportagem do Estado de Minas flagrou o grande movimento:

Movimento na Lagoa da Pampulha neste sábado (4/9) (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A. Press )

Muitas pessoas aproveitaram a manhã de sol na orla da Lagoa da Pampulha neste sábado (4/9) (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A. Press )

Movimento na Lagoa da Pampulha neste sábado (4/9) (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A. Press)


Esta não é a primeira vez que o local registra cenas de desrespeito às medidas de proteção à COVID-19. O caso mais recente foi o de 13 de junho, num domingo em que a Pampulha ficou lotada mesmo com a reabertura de parques.

E a Pampulha não é caso isolado de aglomerações pela capital. A Feira de Artes, Artesanato e Produtores da Afonso Pena — a Feira Hippie, no Centro —, também tem sido escolhida pelo público para a concentração de pessoas.

De volta ao 'normal'

O EM mostrou, mais cedo, que agosto foi o mês em que os mineiros menos permaneceram em casa desde o início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), sendo que, em média, desde julho Minas Gerais já registra volume de movimentações acima dos verificados antes de a COVID-19 se instalar no estado.





É o que mostra o Índice de Permanência Domiciliar (IPD), indicador de isolamento social criado depois de a crise da variante P1 do vírus, hoje chamada de Gama, ter devastado Manaus.

A ferramenta foi desenvolvida por especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Federal do Ceará (IFCE) e Universidade de Brasília (UNB) para auxiliar a tomada de decisões do poder público e de instituições, levando em conta que as aglomerações contribuem para a disseminação da doença em qualquer estágio da pandemia.

O índice utiliza um algoritmo munido com dados do Google Mobility Report ajustados após a análise dos impactos da linha do tempo dos decretos da pandemia, da incidência de COVID-19 e do número de óbitos entre março de 2020 e janeiro deste ano, em Manaus e Fortaleza, e pode ser usado em qualquer região do Brasil.





De acordo com o IPD (veja quadro), o isolamento social brasileiro em 2020 era de 30,93, considerando zero o nível médio pré-pandemia e que marcas negativas indicam circulação acima da apontada como normal antes da COVID-19.

De acordo com os dados, neste ano, o esforço de afastamento já caiu 43%, para um IPD médio de 17,63. Em MG, a queda foi de 36%, de 23,26 para 12,94, sendo que em Belo Horizonte o afastamento caiu 30,9%, mas ainda é superior à média do estado, tendo passado de um IPD de 37,2 em 2020 para 25,7 em 2021 (o dobro do registrado no estado).
 
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Agosto foi o mês com menos afastamento público, de acordo com as medições do IPD. Em Belo Horizonte, o registro foi de 6,6, com 11 capitais brasileiras se retraindo mais, sendo Florianópolis a com o procedimento mais restritivo delas, com uma marca de 37,8. No estado de Minas Gerais como um todo, a situação é diferente.





O IPD mineiro chegou a -6,4 no mês, ou seja, há mais pessoas circulando do que antes da pandemia, sendo que outros 14 estados estão praticando mais isolamento, com destaque para Santa Catarina, com 12,8.

Com isso, a marca de BH é praticamente o dobro da mineira e se a capital fosse um estado, seria o segundo a mais praticar isolamento, acima de São Paulo (5,7) e atrás apenas de Santa Catarina.

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