Incêndio por todo lado. O tempo seco e a ventania típicas desta época do ano estão agravando uma situação problemática em Minas Gerais. No interior do estado, bombeiros militares trabalham exaustivamente no combate às chamas em vegetação. Nesse sábado (4/9), duas grandes ocorrências deste tipo foram atendidas pela corporação.
A primeira delas ocorreu na comunidade Limoeiro, zona rural de Cônego Marinho, no Norte de Minas. Bombeiros do 7º Pelotão de Januária combateram as chamas que estaria acontecendo há mais de três dias na região. Segundo moradores relataram aos militares, o fogo começou na área de veredas e propagou-se para área de vegetação composta predominantemente por cerrado.
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Além da dificuldade do calor enfrentado pelos bombeiros, o terreno do local também dificulta o combate, já que o espaço tem aclives e vegetação fechada. Na manhã deste domingo (5/9), os bombeiros retornaram ao local para monitoramento da área.
Incêndio em Ituiutaba
Na tarde de ontem (4/9), um incêndio de grandes proporções atingiu uma vasta área na reserva do Capão da Lagoa, no Bairro Drumond, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.
A princípio, o fogo que estava na vegetação rasteira, evoluiu para incêndio de copa e destruiu grande parte da vegetação.
As chamas foram totalmente debeladas pelos bombeiros e o risco eliminado.
Fogo em Minas
O Estado de Minas mostrou, na edição deste domingo (5/9), que uma área quase equivalente ao tamanho de Portugal – país europeu de 92 mil quilômetros quadrados (km2) – já ardeu em Minas Gerais devido a incêndios florestais e queimadas no cerrado, mata atlântica e caatinga em três décadas e meia.
Foram 90.659km2 transformados em cinzas, ou 15,4% dos 586.528km2 do estado, entre 1985 e 2020. Os dados são de mapeamento inédito do MapBiomas, um projeto de iniciativa do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG/OC) produzido em coparceria por uma rede de ONGs, universidades e empresas de tecnologia.
O estado é o oitavo com maior soma de área incinerada e o que mais sofreu com as chamas entre os das regiões Sudeste e Sul. Em nível nacional, os três primeiros são Mato Grosso, no Centro-Oeste (389.014km2), e Pará (215.715km2) e Tocantins (166.686km2), no Norte do país.
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