Jornal Estado de Minas

BOMBEIROS

Incêndios consomem vegetação em pontos diferentes de Minas Gerais

Vegetação consumida pelo fogo em comunidade no Norte de Minas (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Incêndio por todo lado. O tempo seco e a ventania típicas desta época do ano estão agravando uma situação problemática em Minas Gerais. No interior do estado, bombeiros militares trabalham exaustivamente no combate às chamas em vegetação. Nesse sábado (4/9), duas grandes ocorrências deste tipo foram atendidas pela corporação.





A primeira delas ocorreu na comunidade Limoeiro, zona rural de Cônego Marinho, no Norte de Minas. Bombeiros do 7º Pelotão de Januária combateram as chamas que estaria acontecendo há mais de três dias na região. Segundo moradores relataram aos militares, o fogo começou na área de veredas e propagou-se para área de vegetação composta predominantemente por cerrado.

Corpo de Bombeiros de Januária atende ocorrência de incêndio em vegetação em Cônego Marinho (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

 
“Após contato com o solicitante e moradores que já estavam no combate, foi informado que o incêndio estava próximo às margens da rodovia BR-135 e que o fogo já havia consumido a região de vereda naquela propriedade. Dessa forma, os bombeiros priorizaram o controle do fogo no perímetro para a segurança da propriedade da fazenda, bem como a área de pasto e proteção dos animais”, informou o Corpo de Bombeiros.

Para debelar as chamas, os militares tiveram que utilizar sopradores, bombas costais, material de sapador (enxada, pás e foice), bem como o uso de abafadores. Os combatentes também precisaram construir um aceiro progressivo e fazer ataque direto aos focos e ataque indireto flanqueando a linha de fogo até ele ser extinto próximo a barreiras naturais como pedras e cascalho da região.





Além da dificuldade do calor enfrentado pelos bombeiros, o terreno do local também dificulta o combate, já que o espaço tem aclives e vegetação fechada. Na manhã deste domingo (5/9), os bombeiros retornaram ao local para monitoramento da área.


Incêndio em Ituiutaba

Na tarde de ontem (4/9), um incêndio de grandes proporções atingiu uma vasta área na reserva do Capão da Lagoa, no Bairro Drumond, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.

A princípio, o fogo que estava na vegetação rasteira, evoluiu para incêndio de copa e destruiu grande parte da vegetação.

As chamas foram totalmente debeladas pelos bombeiros e o risco eliminado.



Bombeiros combatem incêndio na Reserva do Capão da Lagoa, em Ituiutaba (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)


Fogo em Minas

O Estado de Minas mostrou, na edição deste domingo (5/9), que uma área quase equivalente ao tamanho de Portugal – país europeu de 92 mil quilômetros quadrados (km2) – já ardeu em Minas Gerais devido a incêndios florestais e queimadas no cerrado, mata atlântica e caatinga em três décadas e meia.

Foram 90.659km2 transformados em cinzas, ou 15,4% dos 586.528km2 do estado, entre 1985 e 2020. Os dados são de mapeamento inédito do MapBiomas, um projeto de iniciativa do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG/OC) produzido em coparceria por uma rede de ONGs, universidades e empresas de tecnologia.

O estado é o oitavo com maior soma de área incinerada e o que mais sofreu com as chamas entre os das regiões Sudeste e Sul. Em nível nacional, os três primeiros são Mato Grosso, no Centro-Oeste (389.014km2), e Pará (215.715km2) e Tocantins (166.686km2), no Norte do país.

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA: Em 35 anos, Minas teve área equivalente à de Portugal consumida pelo fogo

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