Os incêndios em matas preservadas seguem como principal preocupação do Corpo de Bombeiros neste 7 de setembro. Nas últimas 24 horas, foram registrados 234 chamados para combate ao fogo em vegetação. Na Grande BH, o fogo na Serra do Curral, que começou no Bairro Mangabeiras na noite do domingo, é considerado debelado. No entanto, uma equipe é mantida no local para verificação e certificação de que não surjam novos focos, sem que possam ser combatidos de imediato.
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VÍDEO: Incêndio de grandes proporções consome Mata do Baleia, em BHFogo em mata causa incêndio em telhados de casas em SabaráBombeiros combatem incêndios em mata e fábrica no interior de MinasIncêndios florestais seguem desafiando os bombeiros em MinasBombeiros combatem incêndios que começaram desde o fim de semanaMinas registra destruição em mais de 700 focos de incêndio durante feriadãoBH divulga onde vai vacinar a 2ª dose contra COVID em pessoas com 32 anosA principal preocupação continua sendo com o incêndio que destrói a mata preservada na Serra do Gandarela, em Honório Bicalho, na Grande BH. Nesta terça-feira, três equipes de bombeiros, totalizando 12 militares, estão combatendo as chamas, que já se aproximam de Rio Acima.
A novidade deste segundo dia é que um avião de combate a fogo em mata está participando das operações. Não existe, ainda, uma previsão da extinção completa do incêndio.
Serra do São José
Na manhã desta terça-feira (7/9), os bombeiros de São João Del-Rei seguem no monitoramento e combate às chamas numa área rural próximo à Rodovia Capitão Anselmo, a MGC-383, na Serra do São José, próximo a Prados.
Os militares enfrentam dificuldades, pois o combate tem de ser feito em locais de difícil acesso. Os bombeiros contam com o apoio de brigadistas do IEF. Nesta terça, o fogo atingiu uma propriedade rural e avançou para a área de preservação ambiental.
O grande problema, segundo os bombeiros, foi que o fogo atingiu uma área de plantio de milho e se espalhou para os arredores, chegando à Serra do São José. Durante a noite, a situação foi monitorada, uma vez que a falta de visibilidade neste período torna o combate extremamente arriscado.
Segundo o sargento Dias, chefe da equipe de bombeiros que atendeu a ocorrência, o incêndio é de grandes proporções. “O cenário no local é realmente preocupante. As chamas assumiram grandes proporções e o combate direto se tornou quase inviável, uma vez que são áreas de difícil acesso e, com o tempo seco e quente, o fogo se espalhou muito facilmente.”
Ainda de acordo com o bombeiro, o apoio de uma aeronave do IEF está sendo de grande valor no combate às chamas, uma vez que certos locais não permitem acesso por terra. Por causa da forte fumaça, o trânsito de veículos nas rodovias da região ficou mais lento.
Estima-se que o fogo atingiu uma área de mais de 130 hectares. As causas são ainda desconhecidas. “Nestas situações, é muito difícil apontar uma causa. A ausência de chuvas e os fortes ventos colaboram para que o fogo se espalhe, o que sempre complica ainda mais o trabalho. Mas fica claro que é algo de enormes proporções e nos exigirá múltiplos esforços”, diz o sargento.
Ituiutaba
Outro incêndio em vegetação aconteceu na zona rural de Ituiutaba, na região do Bairro Jardim Sul 2, mas já foi debelado. A área atingida foi de 200.000 m2. O 2° Pelotão de Bombeiros Militar de Ituiutaba deslocou uma guarnição para efetuar o combate às chamas intensas. O vento forte e o ar seco prejudicaram a atuação dos bombeiros.
O combate ao fogo demorou cerca de três horas. A dificuldade dos bombeiros foi o terreno irregular, pontuado por vegetação fechada e muitos aclives que impossibilitam o uso das mangueiras das viaturas. O controle do fogo foi possível devido ao uso de sopradores, abafadores e bombas costais. As causas do incêndio são desconhecidas.