Caminhoneiros associados ao Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG) bloquearam um trecho da BR-040 próximo de Paracatu, Região Noroeste do Estado, em protesto cuja pauta inclui o apoio aos atos bolsonaristas de 7 de setembro.
Segundo a concessionária Via 040, a manifestação ocorre no KM 44 da rodovia, no entrocamento com a MG-188, perto de Unaí. O congestionamento no local já supera um quilômetro.
Delegacias regionais da Polícia Rodoviária Federal relatam bloqueios em ao menos mais oito estados: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
De acordo com o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, os caminhoneiros de Minas também operam de maneira reduzida no transporte de combustíveis. Ontem, a categoria chegou a realizar uma paralisação total, com tanqueiros enfileirados em postos e na porta da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O dirigente afirma que o protesto é solidário às reinvindicações dos atos pró-governo realizados nesta terça-feira (7/9), que pediram fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar. Gomes, contudo, pondera que o grupo não apoia medidas antidemocráticas. Segundo ele, o movimento critica sobretudo a postura do Ministro Alexandre de Moraes.
Na sexta-feira (3/9), o magistrado autorizou diligências requeridas pela PGR que resultaram na prisão do blogueiro bolsonarista Wellington Macedo, investigado por suspeita de envolvimento na organização de atos antidemocráticos de 7 de setembro.
Moraes também comanda inquéritos que investigam Bolsonaro. Um deles é o das fake news, que apura a divulgação de notícias falsas e ameaças a ministros da Suprema Corte. A ação embasa o pedido de impeachment protocolado pelo presidente contra o ministro no Senado Fedral em 20 de agosto. Bolsonaro acusa Alexandre de agir de "modo parcial, sendo ao mesmo tempo vítima, acusador e julgador da investigação.
Moraes também comanda inquéritos que investigam Bolsonaro. Um deles é o das fake news, que apura a divulgação de notícias falsas e ameaças a ministros da Suprema Corte. A ação embasa o pedido de impeachment protocolado pelo presidente contra o ministro no Senado Fedral em 20 de agosto. Bolsonaro acusa Alexandre de agir de "modo parcial, sendo ao mesmo tempo vítima, acusador e julgador da investigação.
"O que a gente defende é a liberdade de expressão. Queremos que a Constituição Federal seja cumprida nesse sentido. Não defendemos intervenção militar, nem fechamento do STF. Isso, quem quer é uma minoria", diz Irani Gomes.
ICMS
Outra bandeira do protesto é antiga. Segundo o líder sindical, trata-se da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrada em Minas sobre os combustíveis, fixada em 15% - a maior do Sudeste.
O Sinditanque-MG quer redução da taxa para 12%, mesmo índice praticado em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.