Após uma sequência de calorão insuportável, com direito à madrugada abafada, o belo-horizontino poderá ter um respiro neste domingo (12/9). Após 25 dias sem chuva, a capital mineira poderá receber água do céu. Mas não se empolgue!
“A chance é pequena. E, se acontecer, vai ser aquela situação que chove em um bairro e não chove no outro. É aquela chuva que nem dá pra apagar a poeira direito”, pondera a meteorologista Anete Fernandes.
Não chove em BH desde o dia 17 de agosto. Na madrugada de ontem (10/9) para hoje, os termômetros chegaram a registrar 22,4ºC na Região da Pampulha. Antes, durante o dia, a temperatura chegou a 34,8ºC, pertinho do recorde deste ano registrado na segunda (6/9): 35ºC.
"Tomando banho 'gelado' essa hora da noite e ainda saio com corpo quente. Ainda tem gente que me pergunta o porque que eu não gosto de calor", esbravejou, na noite dessa sexta-feira, pelo Twitter, Isabele Souza.
Domingão nublado
Para o domingo, os belo-horizontinos podem esperar um dia nublado e com possibilidade de chuvas isoladas. Mas, não se iludam, caso a previsão se confirme, e a precipitação realmente ocorra não vai ser o suficiente para trazer a sensação de refresco na cidade como um todo.
Os cuidados redobrados com hidratação devem permanecer porque a umidade do ar é outro fator que se mantém em estado crítico na capital. Neste sábado, variou entre 26% e 29%, índice considerado em situação de alerta. A pior qualidade do ar foi registrada em Unaí, no Norte de Minas, que atingiu os 11%.
Minas 40 Graus!!!
No estado, o limite do ano foi superado nessa sexta-feira, com os 40,1ºC registrados em Montalvânia e São Romão, ambas cidades no Norte de Minas. Hoje, a máxima em Minas foi de 39ºC.
Em BH, a máxima no sabadão foi de 33ºC, no meio da tarde, na Região da Pampulha, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET.
Além do desconforto, a seca prolongada tem intensificado um problema típico dessa época do ano: os incêndios. Desde o início de agosto, todo o estado tem sofrido com o aumento das queimadas, com mais de dois mil focos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).