Jornal Estado de Minas

AJUDA HUMANITÁRIA

Bombeiros de Minas retornam da missão humanitária no Haiti após 21 dias

Quatro militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) desembarcaram, nesta segunda-feira (13/9), em solo brasileiro, após 21 dias de intensos trabalhos humanitários em meio a comunidades que foram completa ou parcialmente destruídas pelo terremoto de magnitude 7.2 que atingiu o Haiti em 14 de agosto.





 

 


O capitão Tiago Silva Costa, o tenente Rafael Rocha, o sargento Wesley Bernardes Faria e o sargento Thales Leite Braga foram recebidos, no início da tarde, por autoridades e familiares na Academia de Bombeiros Militar, no Bairro São Luiz, Região da Pampulha.

"Vocês foram ao Haiti, uma nação estrangeira, e levaram o coração mineiro e brasileiro para lá. Fizeram lá a diferença, transformaram aquele país em um lugar um pouco melhor com a presença de cada um de vocês que estava lá para se entregar. Muito obrigado, parabéns. Deus salve o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, que tem na sua tropa pessoas como vocês”, disse o coronel Eduardo Ângelo Gomes da Silva. 

“A partir do momento em que tivemos nossa primeira missão humanitária em Moçambique, o difícil era dormir. Criamos um grupo de WhatsApp naquela época e, a partir disso, a gente gostaria e ansiava por notícias de vocês. Depois, veio a segunda comitiva para Moçambique e da mesma forma, a tranquilidade só veio a partir do momento em que estavam em solo brasileiro”, ressaltou o coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, chefe do Estado-Maior. 





Os quatro são integrantes do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (BEMAD) e foram enviados a Moçambique em 2019, quando o ciclone Idai atingiu o país africano.
 
Os bombeiros foram recebidos por familiares na volta à BH (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

Ações e cuidados

Os bombeiros militares de Minas atuaram de forma integrada com os do Distrito Federal e da Força Nacional, em ações de busca em estruturas colapsadas, na desobstrução de vias, construção de pontes e acessos, distribuição de alimentos, primeiros socorros a feridos, demolição de estruturas comprometidas, construção de abrigos, entre outras atividades.

Eles enfrentaram dificuldades nos deslocamentos e nas estruturas precárias que restaram após o terremoto.

Segundo a corporação, ao final das ações, os militares sempre eram instruídos pela equipe de Segurança de Saúde, sobre os cuidados pessoais e compartilhados para minimizar o risco de contaminação e contágio de doenças endêmicas nas regiões de atuação.

Como não havia água potável nas comunidades, os militares fizeram a instalação de purificadores de água em vários postos de atendimento para minimizar e evitar problemas de saúde entre o povo haitiano.





Durante esses dias de atuação no Haiti, país caribenho, os militares se depararam com histórias tristes, viram muita desolação, destruição e abatimento por parte do povo, mas também tiveram a oportunidade de ajudar de alguma forma a realidade das comunidades pelas quais passaram.

Atraso por questão técnica

Na ida, o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que levava a missão humanitária para o Haiti, precisou ser substituído por outra aeronave. De acordo com a FAB, a troca aconteceu por uma questão técnica.

Em nota, a FAB afirmou que a aeronave escolhida para transporte foi a KC-390 Millennium. Mas, ao decolar de Brasília para Porto Príncipe, em um pouso técnico – já programado, para a Base Aérea do Cachimbo, localizada no sul do Pará, foi constatada a necessidade de substituição do avião. 
 
*Estagiária sob supervisão do editor Álvaro Duarte

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