O Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, mencionou, nesta terça-feira (14/9), a possibilidade de transmissão comunitária da variante Mu do novo coronavírus no estado.
O avanço da variante Delta, contudo, ainda é o foco das preocupações do estado. Segundo Baccheretti, a modalidade viral, considerada mais transmissível e letal, deve se tornar predominante em Minas dentro de três semanas, a exemplo do que ocorreu em países como Estados Unidos, Israel e Austrália.
"Ainda se destaca a Gama, a P1, que é a variante de Manaus. Ela continua sendo a principal variante identificada. Mas a Delta vem crescendo. Então, há uma uma expectativa de que a Delta chegue na proporção da Gama e até ultrapasse como aconteceu em outros lugares do mundo. Há expectativa sim de que a Delta seja mais comum", afirmou o secretário.
O dirigente explicou que a cada semana, os casos da delta praticamente dobram. A modalidade viral está concentrada sobretudo na Zona da Mata Mineira e em Belo Horizonte.
Cepas
Até o momento, o governo confirmou sete casos de Mu, distribuídos por Braúnas (2), Virginópolis (3) e Guanhães (2) - cidades do Vale do Rio Doce. Já da Delta, são 394 registros - aumento de 50% desde sábado (11/9). A cepa está presente em 104 municípios mineiros, com maior incidência em Juiz de Fora (56 infectados) e Belo Horizonte (45), e já matou seis pessoas.
A chamada variante Mu é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma variante de interesse (VOI). O termo é usado por especialistas para definir tipos do coronavírus com peculiaridades genéticas em relação ao original, com potencial de agravar a situação da pandemia.
As característas genéticas da Mu podem torná-la mais transmissível, letal ou resistente às vacinas disponíveis no mercado. Trata-se, no entanto, de uma variante de interesse (VOI), e não de preocupação (VOC) como a Delta, comprovadamente mais perigosa.