Jornal Estado de Minas

APÓS ATRASO NA ENTREGA

Contagem zera vacina da AstraZeneca e suspende aplicação da 2ª dose

 

 
Não há mais doses disponíveis da AstraZeneca para serem aplicadas nos moradores de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A prefeitura informou que os estoques estão zerados, e aguarda a chegada de novas doses.




 
O município é um dos primeiros a anunciar desabastecimento das doses da vacina fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a universidade britânica Oxford. A Fiocruz disse que um atraso na entrega do componente utilizado para a produção dos imunizantes, chamado de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que vem da China, complicou toda a logística de entrega ao Ministério da Saúde, e, por consequência, aos estados e municípios.
 
Em Contagem, a prefeitura não vai fazer como no estado de São Paulo e distribuir doses de outras fabricantes (leia mais abaixo). "A secretaria municipal de Saúde informa que é preciso esperar a chegada de novas doses da AstraZeneca para dar continuidade na aplicação da dose 2", explica o município.
 
A cidade já tem 37,58% da população maior de 18 anos imunizada com a segunda dose ou dose única.

Solução à vista?

O primeiro lote de vacinas enviadas pela Fiocruz ao Ministério da Saúde em setembro foi encaminhado nesta terça-feira (14/9), segundo a fundação. A expectativa é que a distribuição comece a partir de quinta-feira aos estados, e só na sexta-feira aos municípios.




 
O Estado de Minas fez um levantamento nas cidades dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Noroeste, Triângulo e Alto Paranaíba e Região Metropolitana de Belo Horizonte, para confirmar se algum outro município também suspendeu a aplicação da segunda dose por falta de vacinas. Até o fechamento deste texto, apenas Contagem já está com o estoque zerado.

"Vizinhos" também afetados

No estado de São Paulo, o governo decidiu distribuir doses da vacina da Pfizer no lugar das vacinas da AstraZeneca. Apesar das críticas sobre a troca de imunizantes, especialmente do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a secretaria estadual de Saúde afirma que não há riscos à saúde - tanto que a terceira dose, que está sendo aplicada em idosos com mais de 90 anos nas cidades paulistas, é da Pfizer, mesmo para quem tomou de outras fabricantes.

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