Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Contagem continua sem receber doses da AstraZeneca

A Secretaria de Saúde de Contagem informou que a vacinação com a segunda dose da AstraZeneca está comprometida no município, devido ao desabastecimento do imunizante, situação semelhante a que vem ocorrendo em todo o país. O anuncio ocorreu na segunda (13/09), mas nesta quarta-feira a cidade ainda não havia recebido os imunizantes. 



Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o motivo da falta de doses disponíveis da AstraZeneca está associado ao atraso na entrega do componente utilizado para a produção, o Ingrediente Farmacêutico Ativo - IFA, que é importado da China. 

''Contagem atualmente tem um estoque de mil doses da AstraZeneca dividida por todo município para fazer a aplicação da segunda dose'', informou. Segundo a pasta, a situação já foi reportada para a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) e o município aguarda a chegada de novas doses da AstraZeneca para dar continuidade na aplicação da segunda dose.

No início da semana, o estado de São Paulo informou que tem cerca de 1 milhão de pessoas que não receberam a segunda dose do imunizante da AstraZeneca por falta de imunizantes e, por isso, decidiu aplicar a Pfizer para evitar o atraso na campanha de vacinação. 



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou o que chamou de "torre de babel" nos critérios de aplicação de vacinas em todo o país. Segundo o ministro, os gestores de saúde deveriam utilizar vacinas da Pfizer como segunda dose para quem tomou AstraZeneca apenas em casos excepcionais.


Nessa terça, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) disse ao EM que segue as recomendações do Ministério da Saúde e atualmente não orienta a administração da vacina da Pfizer em caso de falta da vacina Astrazeneca para a segunda dose.

A SES-MG ainda informou que acompanha o processo de vacinação nos municípios e solicitou às prefeituras que comunicassem, por meio de ofício, sobre possíveis faltas de imunizantes.
 

Ainda segundo a pasta, o estado tem reforçado junto aos municípios as diretrizes do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 do Ministério da Saúde que prevê se as doses devem ser utilizadas para D1 ou D2.



''De forma geral, todos os municípios estão respeitando as notas técnicas ao não usarem a segunda dose como primeira, o que evita a falta do imunizante'', disse.

Belo Horizonte

Já a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou nessa terça-feira que, no momento, não há atraso na segunda dose de AstraZeneca devido à falta de vacina, para os grupos já convocados.

''A última remessa de AstraZeneca recebida foi no dia 3 de setembro, quando foi enviado o quantitativo de 20.750 doses. Este número, somado à reserva de que o município tinha, foi destinado à segunda dose de caminhoneiros, à continuidade da vacinação de pessoas com 56 anos e ainda na aplicação da segunda dose de pessoas de 55 anos. Este grupo já foi convocado e a vacinação será no próximo dia 16 de setembro'', disse.

 Segundo a administração municipal, o município aguarda o envio de novas remessas para concluir o esquema vacinal de alguns públicos que receberam este imunizante. É importante considerar que estes grupos ainda não estão no prazo de intervalo entre a aplicação da primeira e segunda dose.

''A Prefeitura reforça que, caso ocorra alguma falta, será aplicada a vacina que for destinada pelo Ministério da Saúde, observadas as orientações técnicas vigentes'', disse.

audima