Quase 60 mil pessoas aguardam por exames na rede pública de saúde de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O levantamento foi feito pela própria prefeitura, e o argumento principal é que a fila aumentou por causa da pandemia de COVID-19, que reduziu a capacidade de atendimento e a quantidade de agendamentos.
Esse é o principal motivo para a criação de um mutirão, que deve começar na primeira semana de outubro. Chamado de "Mutirão Mais Consultas", a administração espera zerar a fila, oferecendo até 100 mil atendimentos em várias unidades de saúde.
Os dados oficiais apontam que, até essa terça-feira (14/9), 59.064 pacientes aguardam por uma consulta médica na cidade. Desse total, 35.565 ainda nem passaram pelo primeiro encontro com o médico, enquanto 23.499 aguardam um retorno.
Em abril, os Centros de Atenção Especializadas Iria Diniz e Ressaca abriram mais vagas para consultas de oftalmologia e pré-natal de alto risco, que teve a fila zerada. Mas as demais especialidades ainda têm uma fila de espera longa.
A superintendente de Atenção Especializada, Carla Cristina Vítor, aponta que, hoje, os dois Centros de Atenção Especializada operam com 80% das vagas para consultas, exames e procedimentos. Em outubro, a previsão é de que esteja funcionando com 100% da capacidade.
O “Mutirão Mais Consultas” vai atender as seguintes especialidades:
- cardiologia adulto e infantil
- cirurgia ambulatorial
- cirurgia plástica
- dermatologia
- endocrinologia adulto e infantil
- neurologia adulto e infantil
- nefrologia adulto
- ortopedia
- otorrino geral
- pneumologi
- postectomia (circunsição)
- proctologia
- urologia
- vasectomia.
O mutirão deve durar oito meses, a partir do início em outubro. As consultas serão realizadas no Centro de Atenção Especializadas Iria Diniz e no Centro de Consultas Especializadas Ressaca, sempre de segunda a sábado. Exames que sejam necessários para confirmação de diagnóstico também serão oferecidos.
A proposta é que o mutirão faça 55.932 primeiras consultas e 41.107 consultas de retorno. O custo estimado do projeto é de R$ 6,2 milhões. Os detalhes para as marcações, quem será chamado e demais detalhes ainda estão sendo definidos.