Após permanecer três horas em uma ligação telefônica sob ameaça e
constante terror psicológico
, uma mulher de 65 anos caiu no golpe do falso sequestro em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e perdeu R$ 9 mil. O crime de estelionato foi registrado pela Polícia Militar (PM) na tarde dessa quarta-feira (15/9).
Em seguida, um homem entrou na linha e pediu R$ 50 mil para liberar a suposta refém. A mulher, no entanto, disse não dispor desse valor. Por fim, ela e o golpista chegaram ao acordo financeiro de R$ R$ 9 mil para pagamento do resgate.
O estelionatário, então, manteve a vítima na linha até que a mesma fosse ao banco e efetuasse o depósito do valor combinado na conta e agência informadas por ele.
Ainda conforme a ocorrência policial, a mulher efetuou o pagamento e pouco tempo depois percebeu que se tratava de um golpe. A idosa descobriu que a filha não havia sido vítima de crime algum, pelo contrário: estava segura a todo o momento na própria casa.
Até o fechamento desta reportagem, ninguém havia sido preso. Em nota encaminhada ao Estado de Minas, a Polícia Civil, em Juiz de Fora, disse que irá investigar o caso.
Como evitar cair no golpe do falso sequestro?
No rol de orientações que abarcam os crimes de estelionato, a Policia Militar destaca que nunca se deve fornecer dados pessoais – nome completo e dados bancários, por exemplo – por telefone, internet ou outro meio de comunicação similar.
“No caso de pedido de resgaste, tente fazer contato com o familiar de outro aparelho telefônico a fim de confirmar a situação. Não combine encontros, acordos e nem efetue pagamentos”, orienta a PM, acrescentando que é importante manter a calma e ligar para a polícia.
No entanto, antes de efetuar a ligação, a Polícia Civil destaca que o recomendável é encerrar imediatamente a chamada com o possível sequestrador.
Porém, caso outra pessoa esteja perto, a vítima também pode permanecer em linha e escrever em um papel o que está acontecendo. Deste modo, esse indivíduo que ler a mensagem poderá entrar em contato com o suposto familiar sequestrado e, assim, checar a veracidade da situação.