Um cano hidráulico se rompeu e encharcou, na manhã desta quinta (23/9), parte do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. De acordo com fontes de dentro da unidade, pacientes graves politraumatizados precisaram ser retirados às pressas da ala onde o problema aconteceu.
“Vazamento no teto levou à interdição do setor de urgência. Os pacientes foram remanejados, inclusive pacientes graves. O hospital está sem condições de atender novos pacientes graves”, informou um funcionário do João XXIII por meio de mensagem.
Ainda segundo funcionários, a água que caiu do teto era escura. Não há informações sobre a origem desse líquido. A informação foi veiculada, inicialmente, pela Rádio Itatiaia e confirmada pela reportagem.
O problema não é novidade. De acordo com os profissionais de saúde ouvidos pela reportagem, o vazamento nesta ala também aconteceu há dois anos aproximadamente.
"Mas, na época, o vazamento ficou concentrado em dois boxes. Eles mantiveram interditado por um período, mais de um mês. Falaram que fariam toda uma manutenção no setor. No entanto, agora repetiu e de uma forma mais drástica, atingido toda a sala", disse uma fonte.
Outro lado
Em nota, a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), responsável pela administração do João XXIII, informou que “a manutenção do cano hidráulico que rompeu nessa manhã em uma das salas do Hospital João XXIII” já foi realizada.
De acordo com a Fhemig, a ala já está liberada. “Ao se identificar o problema, os pacientes foram rapidamente remanejados para outras salas, não afetando a rotina assistencial”, completou a fundação.
Teto com problemas
Em 5 de janeiro deste ano, o Estado de Minas noticiou vazamentos em outra unidade administrada pela Fhemig em Belo Horizonte: o Instituto Raul Soares, na Avenida do Contorno.Segundo fontes, havia vazamentos enormes nas dependências do instituto durante as chuvas. Isso porque a estrutura metálica que cobre o Raul Soares estava com defeitos, que impediam a retenção de água.
“Isso é crime. Ambulâncias passam por ali e o telhado está caindo. Os pacientes correm risco”, disse uma fonte anônima à reportagem naquela ocasião.
Quanto aos vazamentos no telhado do instituto, a fundação informou em janeiro que estava “em processo de contratação a obra para substituição da estrutura metálica em toda unidade”.
Enquanto isso não acontece, a Fhemig informou, à época, que o caso seria solucionado com uma tenda.