A população de São Bartolomeu, em Minas Gerais, parece não ter sossego com relação aos incêndios florestais. Nesta quinta-feira (23/9), quando pensavam que poderiam festejar o fato de ter controlado um incêndio que ameaçava a comunidade de Engenho D’água, surgiu a informação do surgimento de mais dois focos, um na comunidade de Maciel, distrito de Água Limpa, e outro no Alto das Cabanas, no distrito de Mariana.
“Vamos acordar cedo para ajudar a combater esses dois focos”, diz uma moradora, que conta que até o momento todo o combate foi feito por brigadistas da Floresta do Uaimii e do Instituto Estadual de Floresta (IEF). Segundo ela, já passou da hora dos bombeiros serem acionados, o que cabe à gerência do Uaimii.
Um outro morador do Engenho D’água reclama que ele mesmo já ligou para o Corpo de Bombeiros de Ouro Preto para pedir ajuda e que a resposta é sempre a mesma: “O pedido, por se tratar de uma área protegida pelo IEF e Governo do Estado, tem de ser feito pela gerência do espaço, ou seja, não podemos fazer nada, a não ser nós mesmo nos juntarmos aos brigadistas e tentar apagar o fogo”.
Não existe nenhuma palavra oficial do IEF sobre a situação da Floresta Uaimii, e nem sobre a situação das árvores centenárias existentes na área que vem sendo queimada.
Um outro detalhe é que os moradores esperam que seja instaurada uma investigação policial para se descobrir como o fogo começou. A suspeita é de que o incêndio tenha sido provocado. O fogo já arde na região há pelo menos cinco dias.
Januária
A situação na Região de Januária continua sendo uma das mais preocupantes do Estado. O caso em Arinos parece controlado, assim como em Berilo, mas o fogo segue queimando em Gameleiras e, nesta quinta-feira (23/9), outras três localidades também precisaram de ajuda dos bombeiros: APA de Pandeiros, Tejuco e na APA Cochá e Gibão.
Juntamente com Brigadistas do IEF, os bombeiros trabalham no combate a incêndios na APA Pandeiros e na região do Tejuco, zona rural de Januária. Também foi registrado um grande incêndio no município de Varzelândia.
Na APA Cochá e Gibão, zona rural de Bonito de Minas, bombeiros de Montes Claros e Brigadistas do IEF, Brigadistas do Prevfogo do IBAMA e Aeronaves da Polícia Militar, além de Militares do Exército Brasileiro, combatem um incêndio na vegetação nativa de veredas e cerrado. Ainda não se sabe qual a área queimada, mas os prejuízos Ambientais são considerados muito grandes.
Os trabalhos de combate continuam nos incêndios florestais na zona rural de Gameleira. Os grandes focos já foram controlados, no entanto, devido aos fortes ventos, há a necessidade de realizar o rescaldo e monitoramento para evitar a reignição. Máquinas e caminhões Pipa das cidades de Gameleira e Mamonas foram colocados à disposição dos bombeiros.
Francisco Sá
Na tarde dessa quarta-feira (22), bombeiros do Posto Avançado de Francisco Sá, no Norte de Minas, deslocaram até uma área verde nas imediações do mirante do Cristo Redentor, um ponto turístico, onde realizaram o combate a dois incêndios em meio à vegetação nativa ali existente.
No local, vários focos que se projetavam ao longo do terreno íngreme do local, onde a vegetação é seca e rasteira, em meio às arvores de médio porte, o que facilita a propagação do fogo e gera muita fumaça e chamas vivas no ambiente.
Os militares fazem o uso de EPI's, abafadores, bombas costais e de um caminhão de combate a incêndios. É feito o combate direto às chamas. Foram gastos, nesta quinta, 4.500 litros de água, e o combate durou seis horas.
A área queimada é estimada em 30 hectares. Quando os trabalhos foram encerrados, a informação dos bombeiros era de que as chamas estavam sob controle e serão monitoradas ao longo da noite de modo preventivo, para evitar uma possível reignição, devido aos fortes ventos na região. A baixa umidade do ar e a vegetação muito seca, devido ao longo tempo de estiagem castiga a região.
Salinas
Os bombeiros atenderam nada menos que cinco chamados de incêndios florestais nas últimas horas na região. O maior deles acontece na Fazenda Laranjeiras, que fica no limite dos municípios de Taiobeiras e Rio Pardo de Minas, no nordeste do estado, em uma área de mata ciliar, muito preservada, denominada popularmente como “Passagem das Éguas”.