Os últimos dias marcam a Semana Nacional do Trânsito, que culmina no dia especial dedicado ao assunto, o Dia Nacional do Trânsito, lembrado neste sábado, 25 de setembro. A data, referência à regulamentação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ocorrida em 23 de setembro de 1997 pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, evidencia ações de conscientização sobre o trânsito em relação a acidentes, normas de segurança e dirigibilidade pelas ruas do país.
"Nos anos 1990, algumas leis estavam ultrapassadas com relação à rápida evolução de comportamento da sociedade. A iniciativa da criação do Dia Nacional do Trânsito se deu para o reforço de campanhas de conscientização e respeito às novas leis regulamentadas pelo CTB", diz o diretor comercial da AutoMAIA Veículos, revenda de seminovos em Belo Horizonte, Flávio Maia. "O novo código veio para substituir leis pouco eficazes e, teoricamente, dar mais segurança a todos que utilizam o trânsito (pedestres, veículos, animais)", continua o empresário.
Conforme levantamento coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2020 o Brasil estava entre os países com maior número de mortes em acidentes de trânsito, atrás apenas de China, Índia e Nigéria. No Brasil, em 2018, foram 23,4 mortes por 100 mil habitantes.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o trânsito é o motivo de falecimento que mais acomete crianças, jovens e adultos na faixa etária entre 5 e 29 anos - são aproximadamente 1,35 milhões de mortes no mundo anualmente.
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Homem coloca fogo em casa e mata criança e bebê em Esmeraldas, na Grande BHBH vem de oito semanas seguidas com queda nas internações por COVID-19'Ajudo na hora', diz ministro sobre trem turístico Belvedere-Olhos d'ÁguaEssas campanhas são importantes porque trazem à tona estatísticas tristes que existem no trânsito. "O índice de acidentes de trânsito envolvendo vítimas fatais é maior do que a quantidade de pessoas que morrem de câncer no país. A imprudência, associada ao desrespeito às leis de trânsito, tornam o Brasil um dos países com os maiores números de letalidade no deslocamento nas vias", ressalta Flávio Maia.
Alguns fatores justificam esse cenário: uso do celular à direção; excesso de velocidade; não uso de indicadores de segurança dos veículos, como setas e acendimento dos faróis; desatenção na manutenção veicular, por exemplo.
"Todos esses acidentes custam muito para o governo, com pagamento de indenizações, tratamento nas redes públicas de saúde e atendimento psicológico posterior às vítimas", diz Flávio Maia. O primeiro passo para um trânsito seguro é a boa conduta de todos os envolvidos. "Ser empático, se colocar no lugar do outro - isso é de extrema importância. Afinal, o trânsito é responsabilidade de todos", conclui Flávio Maia.