Após a captação do Rio Uberaba ficar 77% menor se comparada com o período chuvoso, o Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) decretou escassez hídrica no munícipio e restringiu até 23 de outubro o volume permitido de captação de água na bacia hidrográfica do rio.
No texto, publicado na última edição do Diário Oficial do Estado, o Instituto Estadual determinou um corte de 20% no volume diário autorizado para captação de água destinada ao consumo humano, dessedentação animal e abastecimento público.
Já no caso das captações para fim de irrigação, o Igam estabeleceu redução de 25% no volume diário permitido. E com relação ao consumo industrial e agroindustrial, a restrição será de 30% do volume diário. Além disso, o decreto paralisa temporariamente as emissões de novas autorizações para captação de recursos hídrica no Rio Uberaba, bem como solicitações para aumento de vazões e/ou volumes captados.
O Igam determina ainda ao município de Uberaba que se for verificado o descumprimento das restrições, haverá suspensão total do direito à captação no Rio Uberaba até o fim do prazo da vigência do decreto.
Além da considerável queda de captação do rio Uberaba, todas estas determinações do instituto estadual aconteceram também após o ligamento da transposição do Rio Claro, que também, segundo a prefeitura de Uberaba, está no limite devido à prolongada estiagem.
“Neste momento, o Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau) está conseguindo manter o abastecimento da cidade devido as manobras de fechamentos dos onze reservatórios de Uberaba”, declarou a prefeitura de Uberaba.
A reportagem questionou a Codau sobre qual será a atitude da companhia frente ao decreto do Igam, mas não obteve resposta.