Jornal Estado de Minas

VANDALISMO

Fake news causou quebradeira de ônibus e viatura em BH, diz PM

 

 

Uma notícia falsa provocou os danos ao patrimônio público registrados na tarde desse domingo (26/9) no Bairro Alto Vera Cruz, na Região Leste de Belo Horizonte, informa a Polícia Militar.





 

De acordo com a PM, o ato de vandalismo resultou na destruição de um ônibus da linha 9407 (Alto Vera Cruz/Dom Bosco). Uma viatura também foi apedrejada, segundo a polícia.

 

Ainda conforme o boletim de ocorrência, tudo aconteceu porque uma jovem de 18 anos espalhou fake news em grupos de moradores. A informação falsa tratava de um suposto homicídio cometido por policiais.

 

O protesto dos moradores aconteceu na Rua Fernão Dias, no Alto Vera Cruz. Segundo a PM, os agentes usaram equipamentos de menor potencial de dano para conter a manifestação.

 

 

 

Os policiais também alegam que foram recebidos com garrafadas, pedradas e fogos de artifício, além do dano à viatura e ao coletivo.





 

Durante a ocorrência, a jovem incitava os moradores contra a guarnição, especialmente contra uma militar.

 

Ao ser abordada, ela disse, segundo a PM, que havia ouvido falar que a polícia havia matado um homem no Alto Vera Cruz. Com o nome dele, os agentes descobriram que a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Leste o socorreu.

 

 

 

No equipamento de saúde, a enfermeira informou à polícia que o homem em questão deu entrada na UPA em estado grave e não resistiu após sofrer uma overdose, conforme o boletim de ocorrência.

 

Amigos que o levaram até a UPA disseram à equipe de saúde que consumiram cocaína e loló em grandes quantidades, ainda segundo a PM. A companheira dele confirmou a versão dessas pessoas e disse que o homem usava drogas com frequência.





 

Diante disso, os policiais deram voz de prisão à jovem que espalhou a notícia falsa. A ocorrência seguiu para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil.

 

Investigação

 

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que "instaurou procedimento para apurar a motivação e circunstâncias do fato".

 

A instituição de segurança pública confirmou a versão da PM de que a jovem "incitava populares a depredar patrimônio público, além de espalhar notícias, supostamente, falsas sobre a causa da morte de um morador". 

 

O caso teve registro de calúnia. "A jovem foi encaminhada à Delegacia de Plantão I, onde foi ouvida e liberada, após a lavratura de Termo Circunstanciado de Ocorrência, em que assumiu o compromisso de comparecer em audiência no Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte", informou a PCMG.