Jornal Estado de Minas

Crimes sexuais

MG registra estupro de idosa, abuso de jovem e violência sexual coletiva

Três casos de estupros e abusos sexuais foram esclarecidos em Minas Gerais pela Polícia Civil, neste início de semana. As vítimas, uma idosa de 77 anos, em Ipoema, zona rural de Itabira, no Vale do Aço; uma adolescente de 14 anos, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e ainda uma investigação de estupro coletivo foi concluída, em Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas.







Em Ipoema, foi preso um homem de 48 anos, que estuprou uma idosa, de 77, em julho deste ano, mas, ao prendê-lo, os policiais começaram, também, a elucidar outros dois crimes aos quais o homem passou a ser suspeito: o estupro e assassinato de uma professora, ocorrido em 15 de junho de 2013.


Segundo as investigações, surgiram provas desses dois crimes, também ocorridos em Ipoema. A equipe da Delegacia Regional de Itabira, responsável pelas investigações, encaminhou os elementos de prova ao Poder Judiciário para instruir o processo judicial, que já se encontra em fase de julgamento.


Na época, esse crime gerou grande repercussão na região pela violência empregada contra a vítima. Nesse caso, existem evidências de que um adolescente também teria participado do crime.


Estupro e roubo


Em Betim, a polícia prendeu preventivamente um homem de 55 anos, que em 2008 teria abusado sexualmente de uma garota de 14 anos. As investigações foram conduzidas pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Na época do crime, o suspeito teria invadido a residência da vítima, onde a estuprou e em seguida cometeu um roubo.





“A adolescente foi surpreendida pelo homem, que a amordaçou na cama dos pais dela e a constrangeu à conjunção carnal mediante ameaças e violência, além de outros atos libidinosos. Antes de fugir, o homem levou o celular da vítima e um dinheiro que estava na casa”, conta a delegada Ariadne Elloise Coelho.

Segundo a delegada, a vítima era virgem e recebeu atendimento médico, onde se constatou o rompimento do hímen. À época, a polícia não conseguiu provas e o caso acabou sendo arquivado, por falta de provas, em 2017.


No início deste ano, porém, a vítima se deparou com o suspeito na rua e o reconheceu. A Polícia Civil foi comunicada e, assim, obteve a identificação do homem, sendo o inquérito desarquivado.


“Nós formalizamos o auto de reconhecimento do investigado, que compareceu à delegacia, mas que em interrogatório negou os fatos”, explica a delegada.





Dias depois, a vítima encontrou novamente o suspeito na rua, próximo à sua casa, e informou à polícia ter sofrido ameaças. A Polícia Civil solicitou então à Justiça o mandado de prisão preventiva, que foi deferido e cumprido na última semana.

“Importante ressaltar que nos registros criminais do suspeito consta também prisão em flagrante em 2001 pelo antigo e revogado crime de atentado violento ao pudor”, diz Ariadne. O suspeito será encaminhado para o sistema prisional.

Estupro coletivo

Em Carmo do Rio Claro, a polícia concluiu o inquérito que investigou um crime de estupro de vulnerável praticado de forma coletiva por dois homens em setembro de 2020. Os dois suspeitos foram indiciados pelo crime.





As investigações tiveram início depois do registro de um boletim de ocorrência, no qual os policiais militares responsáveis informaram que a vítima, totalmente embriagada e apresentando lesões, foi levada ao hospital relatando ter sofrido violência sexual por dois homens que ela conhecia.


A vítima relatou que estava bebendo com uma amiga, quando os suspeitos a convidaram para continuar fazendo uso de bebida alcoólica em local próximo. A amiga, irmã de um dos suspeitos, não entrou no imóvel onde o crime ocorreu.

Dentro de casa, a vítima se negou a manter relações sexuais com os homens e acabou sendo agredita por eles. Levou um soco no rosto e desmaiou.

Ao recuperar parcialmente a consciência, notou que estava despida e se deparou com um dos suspeitos praticando a conjunção carnal. Logo em seguida, foi violentada pelo segundo suspeito. Ela conta que ainda tentou resistir e afastá-los, mas eles eram mais fortes e ela estava embriagada.





Teria tornado a desmaiar e quando recobrou os sentidos, estava numa casa vazia. Levantou-se e saiu correndo do local. Foi socorrida por uma pessoa, na rua, que a encontrou machucada e a levou a um hospital.


Depois de presos, os suspeitos negaram ter encontrado ou mantido relações sexuais com a vítima. No segundo interrogatório, ambos acabaram admitindo o crime, alegando que eles tinham consumido bebidas juntosm e que depois disso, mantiveram relações à força.


Várias testemunhas foram obtidas pelos policiais e uma delas contou que os dois haviam admitido, informalmente, o estupro. A irmã de um dos presos chegou a prestar depoimento e cometeu perjúrio, pois teria mentido para salvar o irmão.



 

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