O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, na manhã de ontem, a dose de reforço de vacina contra a COVID-19 para os maiores de 60 anos. De acordo com Queiroga, são cerca de 7 milhões de brasileiros nessa faixa etária. Até então, o Ministério da Saúde havia confirmado apenas a dose de reforço para imunossuprimidos, profissionais de saúde e pessoas com 70 anos ou mais. A dose de reforço em pessoas com 60 anos ou mais, entretanto, já é oferecida em alguns locais, como Salvador e São Paulo. Em Minas Gerais, a aplicação do reforço se iniciou na segunda quinzena de setembro, pela ordem decrescente de idade. Na capital mineira, começou um pouco antes da data oficial, na segunda semana do mês. A vez hoje é dos idosos de 77 receberem a 3ª injeção em Belo Horizonte.
Queiroga participou ontem de um evento na Paraíba, por videoconferência, em que anunciou a ampliação. “É possível hoje, no final do mês de setembro, já ofertar para os idosos brasileiros uma dose de reforço da vacina. Além dos idosos com mais de 70 anos e dos profissionais de saúde que já foram anunciados como contemplados com o reforço, agora o Ministério da Saúde vai atender aqueles com mais de 60 anos”, disse.
Para a infectologista e epidemiologista Luana Araújo, o reforço é bem-vindo. "Sabemos que a proteção nos idosos, por conta do envelhecimento natural do sistema imunológico,responde com menos eficiência ao estímulo da vacina. De qualquer vacina. Os estudo hoje mostram que a proteção contra a COVID-19 cai de maneira importante a partir de cerca de 6 meses da vacinação e essa população volta a ter um nível de vulnerabilidade maior. Daí a importância de estimular de novo o sistema imunológico para restabelecer uma melhor defesa contra o vírus", explica.
Conforme orientação do Ministério da Saúde, para receber a terceira dose é preciso que a aplicação da segunda tenha sido feita em um intervalo mínimo de seis meses ou que faltem até 15 dias para que esse prazo se complete, independentemente do imunizante usado no esquema vacinal. A imunização segue ainda ordem decrescente de idade. Até então, essa nova etapa da vacinação está sendo realizada, preferencialmente, com a vacina da Pfizer/BioNTech. Na falta desse imunizante, a alternativa é usar as vacinas de vetor viral Janssen ou AstraZeneca.
Até o momento, o governo federal já distribuiu mais de 284,6 milhões de doses de vacina contra a COVID-19. Dessas, 233,2 milhões foram aplicadas, sendo 145,2 milhões em primeira dose e 87,9 milhões em segunda dose ou dose única. Mais de 639,1 mil foram doses de reforço para idosos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde.
Belo Horizonte
Na capital mineira, até o momento, já foram convocados os idosos de 77 e 78 anos, de 81 a 79 anos e de 88 a 86 anos e 27.589 terceiras doses foram aplicadas. Pessoas acamadas devem aguardar o contato das equipes da Secretaria Municipal de Saúde para o agendamento do horário.
Para tomar a dose de reforço, é preciso levar o cartão de vacina, documento de identidade e CPF seguindo o cronograma de cada cidade, conforme a prefeitura for convocando o público-alvo. Além disso, também é necessário o comprovante de endereço, não ter recebido outra vacina nos últimos 14 dias e não ter tido COVID-19 com início de sintomas nos últimos 30 dias. A ampliação para as faixas etárias será feita de forma gradativa, condicionada ao recebimento de novas remessas de vacinas.
Ontem, a capital contabilizou mais 23.439 doses de vacinas aplicadas, em relação ao boletim divulgado no dia anterior. Foram 1.168 de primeira dose, 21.505 de segunda e 766 doses de reforço. Já em relação à dose única, que é a vacina fabricada pela Janssen, não houve desempenho. Agora, BH soma 1.948.620 vacinações de primeira dose, 1.221.181 de segunda, 59.262 de dose única e 27.589 de reforço. Ao todo, 82,6% do público-alvo já recebeu a primeira dose da vacina em Belo Horizonte, enquanto 52,6% completou o esquema vacinal.
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