Cento e trinta leitos para tratamento exclusivo contra a COVID-19 foram desativados na Macrorregião Oeste de Minas Gerais. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (29/9), pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). Os espaços, agora, vão atender outras doenças.
Do total, 48 são de Unidade de Terapia Intensiva(UTI) e 82 de enfermaria. A decisão foi tomada com base no cenário epidemiológico analisado semanalmente.
A secretaria alega que os indicadores atuais permitem a redução do quantitativo. E que ela ocorrerá “sempre que puder ser feito de forma eficiente e segura”. “A SES continuará verificando a necessidade da manutenção de todos leitos disponibilizados para atendimento COVID-19, assim como a necessidade de ampliação”, informou a SES por meio de nota.
Até esta terça-feira (28/9), a taxa de ocupação estava em 29% de UTI e 27% de enfermaria. Não havia pacientes aguardando vaga.
Com a alteração, a Macrorregião Oeste, composta por 54 municípios e uma população estimada em 1,2 milhão de habitantes, conta agora com 169 leitos de UTI e outros 266 de enfermaria para tratamento contra a COVID-19.
Quantidade de leitos de UTI desabilitados e a localização:
Hospital São Luiz de Formiga (7 leitos de UTI);
Santa Casa de Campo Belo (3 leitos de UTI);
Complexo de Saúde São João de Deus em Divinópolis (8 leitos de UTI);
Santa Casa de Santo Antônio do Monte (10 leitos);
Hospital de Campanha de Formiga (10 leitos de UTI);
Hospital São Carlos de Lagoa da Prata (10 leitos de UTI).
Quantidade de leitos de enfermaria desabilitados e a localização:
Santa Casa de Itaguara (6);
Santa Casa de Misericórdia de Itapecerica (6);
Hospital Carlos Chagas de Candeias (10);
Hospital Municipal Santo Antônio de Cristais (10);
Hospital Nossa Senhora Aparecida de Luz (10);
Complexo de Saúde de São João de Deus em Divinópolis (10 leitos);
Santa casa de Santo Antônio do Monte (10 leitos);
Hospital de Campanha de Formiga (20 leitos).
De acordo com a SES, dentre os leitos desabilitados, apenas os do hospital de campanha de Formiga foram fechados. Os demais foram direcionados para outras clínicas, ou seja, apenas deixam de ser referência e para COVID-19.
Com média de ocupação hospitalar de 30%, o secretário de Saúde de Formiga, Leandro Pimentel, diz que o encerramento dos leitos não impactará na assistência.
“O hospital de campanha funcionava na Unidade de Pronto Atendimento. Esses leitos desabilitados fizeram melhorar a assistência, porque a UPA voltou para a estrutura original e os pacientes COVID são atendidos na Santa Casa”, explicou.
Onda verde
A Macrorregião Oeste está classificada na onda verde do programa estadual Minas Consciente. Embora, esteja na fase mais flexível do programa, a situação é de alerta já que ela está a um ponto de regredir para a onda amarela. A região subiu de sete para 11, segundo dados da última semana.