Um levantamento feito pela prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mostra que 10% da população vivem em áreas de risco de deslizamentos de terra ou de alagamentos.
Os dados foram coletados para a campanha de prevenção à próxima temporada de verão, que deve começar a partir de outubro, chamada "Contagem se prepara para as chuvas".
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São 19.050 famílias que podem ser diretamente afetadas em caso de chuvas intensas de forma contínua, o que dá uma população estimada em 66.675 pessoas, algo em torno de 10% do total de moradores de Contagem, que, segundo a estimativa deste ano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esteja em 673.849 habitantes.
"É um número significativo de pessoas, que também devem atuar em parceria com a prefeitura, pois só assim a política de proteção do poder público se torna efetiva. A dinâmica da conscientização e da participação popular é muito importante para nos ajudar a salvar vidas", afirma a subsecretária de Proteção e Defesa Civil, Ângela Gomes.
Ela lembra que, além dos gestores de cada regional, Defesa Civil e outros órgãos públicos de resgate e salvamento, núcleos integrados com moradores foram criados -- e mais alguns serão formados em outros bairros, para que todos possam ajudar em um momento de emergência.
A prefeitura começou a criar muros de contenção em alguns bairros, e também algumas soluções diferenciadas, como o "Jardim de Chuva", na Praça Tancredo Neves (um dos pontos marcados no mapa), que vai servir para "escoar" a água das tempestades para evitar alagamentos.
Na região do "Buracão", na Vila Bandeirantes, legumes e árvores estão sendo plantadas nas encostas, para que as raízes ajudem na firmeza da terra.
Na região do "Buracão", na Vila Bandeirantes, legumes e árvores estão sendo plantadas nas encostas, para que as raízes ajudem na firmeza da terra.
A cidade já passou por um teste nesta semana, quando uma tempestade de mais de 67mm atingiu o município. Ainda que 60 pessoas tenham ficado desalojadas, o estrago só não foi maior por causa de um muro de contenção que ainda está sendo construído no Beco Maria José Chiodi.
Como a obra não está concluída, o barro e lama invadiram as residências, que foram limpas com cloro por meio de uma força-tarefa da prefeitura.
Como a obra não está concluída, o barro e lama invadiram as residências, que foram limpas com cloro por meio de uma força-tarefa da prefeitura.
Dados atualizados
O mapa, que está disponível também online, divide as áreas em riscos baixo, médio e alto. "Antes, o número de áreas de risco hidrológico identificadas eram apenas 22. Os gestores se baseavam por dados e boletins emitidos pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Para se ter uma ideia, o levantamento mais atual é de 2012", explica Ângela.