A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou novo boletim InfoGripe nesta quinta (30/9), e o documento traz notícias negativas para Minas Gerais, sobretudo Belo Horizonte.
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BH é a única capital brasileira no cenário de curto prazo. No longo, Aracaju também vive essa situação.
Segundo a Fiocruz, há probabilidade de crescimento de 95% nos casos graves respiratórios na cidade.
Eles não estão, exclusivamente, ligados ao novo coronavírus, apesar dos dados elevados certamente estarem relacionados à pandemia.
No entanto, a Fiocruz alerta que Minas também vive panorama parecido.
Como a base de dados usada para apuração dos dados é do SUS, pode ser que haja um lançamento em massa dos dados nas últimas semanas, o que pode "mascarar" os números.
"Dado o cenário epidemiológico atual no estado e na capital mineira, é possível que o sinal de crescimento abrupto estimado se trate apenas de um artifício gerado por alguma alteração no fluxo de registro de casos, sendo recomendada cautela e reavaliação nas próximas semanas para avaliação adequada do cenário atual", destaca a fundação.
Minas Gerais
A Fiocruz também ressalta que Minas Gerais abriga uma das quatro macrorregiões brasileiras com "nível extremamente alto" de casos respiratórios graves.
O Distrito Federal também abriga uma, enquanto o Paraná duas.
Além disso, a Fiocruz computa duas macrorregiões mineiras com sinal forte de crescimento desses diagnósticos graves: Oeste (onde estão cidades como Pará de Minas, Nova Serrana e Divinópolis) e Centro (onde está a Grande BH).
O InfoGripe da Fiocruz destaca, ainda, que "diversos estados", entre eles Minas, registram "número de casos semanais em crianças (0 a 9 anos) relativamente altos para o histórico" da pandemia.
Cenário nacional
O boletim da Fiocruz aponta sinal de estabilidade no país agora no mais baixo patamar desde o início da epidemia no Brasil. Catorze estados apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo.
São eles: Acre, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e Tocantins.
Em onze capitais observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo: Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ) e Teresina (PI).
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