A Defesa Civil de Belo Horizonte realiza na manhã deste sábado (2/10) um treinamento contra inundação na avenida Vilarinho, Região de Venda Nova. Para isto, a via vai ser interditada das 9h40 e às 9h50 vai ser feito o desbloqueio.
A região de 16 acessos da Vilarinho entre a Avenida Cristiano Machado e a Rua Bernardo Ferreira da Cruz figura como uma armadilha. Ali se localiza a maior – mas não a única – mancha de inundações da avenida, devido à saturação da galeria subterrânea que comporta o curso do Córrego Vilarinho e o encontro de cinco cursos d’água.
E foi justamente nesse local que as vias se tornaram rios e três pessoas morreram: duas dentro do carro e uma ao descer do veículo e cair em duto da galeria de um córrego, em 2018. A quarta vítima mergulhou em outro trecho inundado. A área tem aproximadamente 100 mil metros quadrados e engloba a Estação Venda Nova.
Mas, um passo foi dado para colocar o fim do perigo na região. Um convênio da prefeitura de Belo Horizonte com a Caixa Econômica Federal custeia a segunda etapa das obras contra enchentes da Avenida Vilarinho. A resposta para as frequentes cheias para o Executivo municipal passa pela construção de três reservatórios profundos para armazenar água dos córregos Vilarinho e Nado e do Ribeirão Isidoro. Uma reportagem do
Estado de Minas
detalha todas obras previstas para resolver o problema nesta região
.
Enquanto a obra não é finalizada, a Defesa Civil se une com a BHTrans, o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), a Guarda Municipal de Belo Horizonte, a Defesa Civil e Guarda Municipal de Contagem, a Transcon, a Polícia Militar Rodoviária, a concessionária Via 040 e moradores voluntários do Núcleo de Alerta de Chuva para o treinamento contra inundações na região.
Segundo o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Waldir Figueiredo Vieira, o fechamento da via impede que as pessoas sejam surpreendidas no percurso e salva vidas. “A Defesa Civil mantém um monitoramento permanente da quantidade de água que cai na cidade através dos pluviômetros, a variação do nível dos córregos através dos pluviômetros, imagens de radar e o sistema de coordenação através dos centros de operações da PBH. A partir do momento que é identificado uma situação de risco, as equipes são mobilizadas e é feito um fechamento preventivo da via para que as pessoas não acessem e sejam surpreendidas. Tivemos vários fechamentos muito exitosos nos últimos anos que impediram que pessoas fossem surpreendidas. Essa prática foi apresentada à Defesa Civil Nacional e está sendo indicada para outros estados”, ressaltou.