Conhecida como a “Terra dos Dinossauros” no Brasil e com destaque internacional em achados e pesquisas paleontológicas, Uberaba, na Região do Triângulo, em Minas, não para de surpreender tanto pelas descobertas como pelo avanço científico. Na manhã desta terça-feira (5), equipe da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) apresenta detalhes do fóssil de um grande dinossauro carnívoro de 80 milhões de anos, que teria vivido onde hoje está a cidade. O grupo é formado por paleontólogos e geólogos do Centro Paleontológico Price e Museu dos Dinossauros do Complexo Cultural e Científico de Peirópolis (CCCP/UFTM).
Segundo informações do geólogo Luiz Carlos Ribeiro, do Centro Price, de Peirópolis, e do paleontólogo da UFTM Thiago Marinho, pesquisador associado do Centro Price, o “gigante carnívoro” – do grupo Megaraptor, que significa “ladrão gigante”, poderia atingir 9 metros de comprimento por 3 metros de altura, tendo como característica uma garra com 35 centímetros em forma de foice em um dos dedos da mão. O fóssil foi encontrado casualmente, em 2011, por trabalhadores durante obras (fundações) para a construção do Hospital Regional de Uberaba. O material encontrado foi entregue ao geólogo Luiz Carlos Ribeiro, do Centro Price, em Peirópolis.
Vale destacar que Uberaba dispõe de uma legislação municipal que protege o patrimônio paleontológico e não é raro, segundo os pesquisadores, que escavações para a construção civil e aberturas de poços se deparem com fósseis, como foi o caso dessa descoberta.
O primeiro registro deste grupo é atribuído à Patagônia Argentina, em 1996, tendo sido publicado em 1998 pelo paleontólogo Fernando Novas, do Museu Argentino de Ciências Naturais. Mas conforme os especialistas, até este momento não havia uma reconstrução de como o animal seria em vida, seu tamanho real, somente em esqueleto. O trabalho sobre o “novo” dinossauro de Uberaba foi publicado em 2013 em uma revista italiana de paleontologia e estratigrafia.
A apresentação ao público demorou oito anos por falta de recursos financeiros para a reconstrução do animal. A reconstrução tem cerca de 6 metros de comprimento por 2,4 metros de altura.
Formando um grupo de dinossauros carnívoros, os megarraptores são muito peculiares e raros. Até o momento tudo, segundo o geólogo Luiz Carlos Ribeiro e o paleontólogo Thiago Marinho, tudo o que se conhece desses animais são ossos isolados, esqueletos e crânios parciais, o que os torna um dos grandes enigmas sobre os dinossauros carnívoros.
Fósseis de megarraptores já foram encontrados na Tailândia, Japão e são mais comuns na Austrália e na América do Sul. No Brasil, já foi identificada a presença de megarraptores nos estados do Ceará, São Paulo e Minas Gerais em Uberaba.
Com a palavra, o professor Luiz Carlos Ribeiro: “Esses dinossauros tinham braços grandes e garras alongadas nas mãos. Apesar de poderem atingir tamanhos de possivelmente até mais de 10m de comprimento, seus ossos eram extremamente pneumáticos, o que os tornava leves e ágeis predadores. Ao que tudo indica, os megarraptores eram animais de rosto alongado e portando vários pequenos dentes.”
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Vale destacar que Uberaba dispõe de uma legislação municipal que protege o patrimônio paleontológico e não é raro, segundo os pesquisadores, que escavações para a construção civil e aberturas de poços se deparem com fósseis, como foi o caso dessa descoberta.
O primeiro registro deste grupo é atribuído à Patagônia Argentina, em 1996, tendo sido publicado em 1998 pelo paleontólogo Fernando Novas, do Museu Argentino de Ciências Naturais. Mas conforme os especialistas, até este momento não havia uma reconstrução de como o animal seria em vida, seu tamanho real, somente em esqueleto. O trabalho sobre o “novo” dinossauro de Uberaba foi publicado em 2013 em uma revista italiana de paleontologia e estratigrafia.
A apresentação ao público demorou oito anos por falta de recursos financeiros para a reconstrução do animal. A reconstrução tem cerca de 6 metros de comprimento por 2,4 metros de altura.
Vídeo: o professor e geólogo Luiz Carlos Ribeiro fala sobre o trabalho com o fóssil
Megarraptores
Formando um grupo de dinossauros carnívoros, os megarraptores são muito peculiares e raros. Até o momento tudo, segundo o geólogo Luiz Carlos Ribeiro e o paleontólogo Thiago Marinho, tudo o que se conhece desses animais são ossos isolados, esqueletos e crânios parciais, o que os torna um dos grandes enigmas sobre os dinossauros carnívoros.
Fósseis de megarraptores já foram encontrados na Tailândia, Japão e são mais comuns na Austrália e na América do Sul. No Brasil, já foi identificada a presença de megarraptores nos estados do Ceará, São Paulo e Minas Gerais em Uberaba.
Com a palavra, o professor Luiz Carlos Ribeiro: “Esses dinossauros tinham braços grandes e garras alongadas nas mãos. Apesar de poderem atingir tamanhos de possivelmente até mais de 10m de comprimento, seus ossos eram extremamente pneumáticos, o que os tornava leves e ágeis predadores. Ao que tudo indica, os megarraptores eram animais de rosto alongado e portando vários pequenos dentes.”
O parentesco dos megaraptores ainda é tema de discussões entre paleontólogos. Segundo as principais hipóteses, eles podem estar relacionados aos Allosauria, Tyrannosauroidea ou Coelusorsauria. Em qualquer uma desses casos, há uma grande possibilidade de que esses dinossauros tivessem o corpo ao menos parcialmente coberto por penas.
Os dentes apresentam muita variação entre suas espécies, mas, de maneira geral, são pequenos e recurvados. Em muitas espécies, os dentes dos megarraptores não apresentam bordas serrilhadas como em outros dinossauros carnívoros.
Uma das características mais chamativas está nas garras das mãos, que são “grandes e robustas”. No caso do gênero Megaraptor, a garra do dedo é mais longa do que a extensão do antebraço, destaca Ribeiro.
Primeira reconstrução do Megaraptor
De acordo com informações da UFTM, o paleoartista Rodolfo Nogueira teve como desafio produzir a primeira reconstrução em vida do Megaraptor. Foram cerca de três meses de trabalho e a aplicação de diferentes técnicas de computação gráfica e estudo de referências para que o processo fosse finalizado para ser apresentado para a comunidade.
“Era um carnívoro muito misterioso e peculiar, um animal que, ao contrário dos dinossauros que nós estamos acostumados a ver no cinema, tinha um braço enorme e garras com até 35 cm. Eu fiquei muito empolgado, pois era bem maior do que todas as esculturas que eu já havia feito. Eu topei o desafio e comecei uma verdadeira batalha. Primeiro, reconstruir o animal no computador em 3D usando softwares que Hollywood usa para fazer os efeitos especiais dos filmes. O processo começa com análise do esqueleto, que nesse caso só tinha uma vértebra fragmentada. Então busquei nos seus parentes as referências para fazer a réplica do esqueleto e, assim, eu consegui também, observando os animais vivos, reconstituir a musculatura dele. Então, com ajuda de um engenheiro calculista e um artista serralheiro, foi feito um esqueleto de ferro. Então imprimimos em isopor em 3D todo o corpo do animal. Por último, eu e minha equipe acrescentamos cimento e fibra de vidro para esculpir todas as dobras de pele, escamas e penas”, explicou o paleoartista.
A escultura em tamanho real mede seis metros de comprimento por 2,20 de altura e ficará em exposição no Praça Uberaba Shopping por tempo indeterminado e posteriormente será transferida para local de visitação na Univerdecidade, em Uberaba.