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Estado de Minas CRIME VIOLENTO

Pastor acusado de matar mulher e esfaquear namorada dela vai a juri em BH

Segundo o MP, réu também tentou matar um rapaz; vítima tinha um salão ao lado da loja do pastor, que insistia para ela sair do imóvel


05/10/2021 09:37 - atualizado 05/10/2021 11:45

Pastor Agnaldo Batista Amaral sorri em frente a um vaso de plantas
Pastor Agnaldo Batista Amaral pode pegar até 30 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio qualificado (foto: Redes sociais/Reprodução)
Teve início nesta terça-feira (5/10) o julgamento do pastor Agnaldo Batista Amaral, de 48 anos. Ele é acusado de assassinar a facadas a cabeleireira Bruna Rafaela da Silva, de 30 anos, além de tentar matar a namorada dela, Kelly Cristina Rodrigues da Silva, e um funcionário de Bruna, Lucas Moraes dos Santos

O crime ocorreu em 26 de fevereiro do ano passado, no Centro da capital. O réu responde por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima), e por tentativa de homicídio qualificado. Se condenado, poderá pegar até 30 anos de prisão. 

Segundo os autos do processo, o crime foi motivado por desavenças relacionadas a um imóvel. Bruna, que era cabeleireira, mantinha um salão ao lado da loja do pastor. Ele já havia ocupado o ponto anteriormente e pressionava a vítima para que ela saísse de lá.

As brigas entre os dois seriam constantes, com direito a agressões físicas e verbais, registradas em três boletins de ocorrência junto à Polícia Militar (PM). 

Conforme a promotoria, em mais uma tentativa de retirar a cabeleireira do imóvel, Agnaldo teria feito uma denúncia falsa no Juizado Especial de BH, acusando Bruna de agredir um morador de rua. Ciente da armação, a vítima foi tirar satisfação com Agnaldo no comércio dele, acompanhada de Kelly e Lucas. 

Transtornado, o acusado partiu para cima do trio com uma faca. Primeiro, golpeou Lucas no pulmão direito e no diafragma. Depois, jogou a cabeleireira no chão e a esfaqueou também no pulmão direito e na região mamária, golpes que a mataram. Kelly foi ferida nas costas, nos braços e nas mãos, ao tentar defender a companheira.

Depois dos ataques, o pastor teria fugido de táxi rumo à estado de metrô Carlos Partes, sendo posteriormente encontrado pela polícia.

Mesmo gravemente feridos, os sobreviventes conseguiram correr até o hospital, onde foram socorridos.

A reportagem procurou a defesa de Agnaldo, mas não obteve retorno.


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